Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1103

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agroindústria, processamento e armazenamento
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Alisson Santos Lopes da Silva
Orientador LEDA RITA DANTONINO FARONI
Outros membros Gutierres Nelson Silva, Yenis del Carmen Gonzalez Correa
Título Atividade inseticida de óleo essencial de cravo e canela sobre populações de Sitophlilus zeamais (Coleoptera: Curculionidae)
Resumo O Sitophilus zeamais se destaca como uma das mais importantes pragas de grãos e seus subprodutos no setor de armazenamento. O uso contínuo e indiscriminado de inseticidas químicos no controle deste inseto tem aumentado a preocupação com a evolução da resistência e com os riscos que esses defensivos agrícolas podem causar à saúde humana e ao meio ambiente. Neste sentido, tem-se tornado oportuno o desenvolvimento de pesquisas sobre métodos alternativos de controle do S. zeamais, como o uso de inseticidas botânicos. Dentre as espécies vegetais que produzem óleos essenciais com potencial inseticida, encontram-se o cravo da índia (Syzygium aromaticum) e a canela (Cinnamomum zeylanicum). Diante do exposto, o presente trabalho teve por objetivo, avaliar a atividade inseticida de óleos essenciais de cravo e canela para populações adultas de Sitophilus zeamais. A toxicidade dos óleos essenciais foi obtida através da estimativa das concentrações letais (CL50 e CL95), do tempo letal (TL50) e da razão de toxidade (RT). No experimento foram utilizadas populações de insetos provenientes das cidades de Coimbra/MG, Cristalina/GO, Guarapuava/PA, Guaxupé/MG e Piracicaba/SP. Os bioensaios foram conduzidos em placas de Petri contendo papel filtro com 60 mm de diâmetro, sobre o qual foi aplicado o óleo essencial de cravo ou de canela nas concentrações que variaram entre 0,18 a 2,12 µL cm-2. Em cada placa foram liberados 20 S. zeamais adultos, não sexados, os quais foram expostos aos óleos, em cada concentração, por períodos entre 3 e 108 h. O controle foi realizado aplicando acetona, utilizada como diluente dos óleos, no papel filtro contido nas unidades experimentais. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com quatro repetições. Ao final de cada período de exposição, foi contabilizado o número de insetos mortos. Observou-se que a população padrão de susceptibilidade foi a da cidade de Guaxupé, apresentando os menores valores de CL50 e CL95, tanto para o óleo de cravo (0,45 e 0,64 µL cm-2) como para o óleo de canela (0,69 e 1,23 µL cm-2). As TL50 para os insetos reduziram à medida que as concentrações dos óleos foram aumentadas. Os maiores valores de TL50 foram encontrados para a população de Piracicaba, tanto para cravo quanto para canela. Já os menores valores de TL50, em cada concentração correspondente, foram apresentados pela população de Guaxupé. De um modo geral, observou-se que a razão de toxicidade (RT) para a CL50 em todas as populações foi baixa, indicando uniformidade de resposta tóxica. Porém, a RT para a CL95 foi, em geral, maior que 2,00, indicando que há variação na resposta destas populações à toxicidade dos óleos essenciais de cravo. Conclui-se que os óleos essências de cravo e canela apresentam efeito inseticida em populações de S. zeamais, sendo sua eficácia dependente da concentração e do tempo de exposição do inseto ao óleo.
Palavras-chave Armazenamento, Gorgulho do milho, Controle
Forma de apresentação..... Oral
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