Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1066

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Florestas e agroecossistemas
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CNPq/Balcão
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Bruno Leão Said Schettini
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Eliana Boaventura Bernardes Moura Alves, Juliana Reis Sampaio, Rafaela Nardy Delgado, Rogério Assunção Campos
Título Custos de recuperação ambiental em propriedades rurais na bacia hidrográfica do rio Xopotó, MG.
Resumo A bacia hidrográfica do Rio Xopotó está inserida no Bioma Mata Atlântica e o seu principal rio, que é o Xopotó encontra-se, em sua maior parte, com ausência de vegetação ciliar e assoreado. As principais áreas de cultivo agrícola e de pastagem na bacia ocorrem nas áreas ciliares e várzeas, o que se justifica, principalmente, pelo fato de os produtores possuírem pequenas propriedades e haver necessidade de utilizar, principalmente, as áreas mais produtivas para garantir a sua sobrevivência. Entretanto, estas áreas são protegidas por lei e devem ser recuperadas de acordo com o código florestal. Assim, é necessário que se realizem estudos para determinação de custos de recuperação, considerando as diferentes técnicas disponíveis, de forma a verificar a capacidade do produtor em arcar com este valor. Desta forma, objetivou-se determinar os custos de recuperação de áreas de preservação permanente em 37 propriedades presentes na Bacia do Rio Xopotó. Os custos foram estimados para cada um dos estratos: 1 (até 30 ha), 2 (entre 30 ha até 4 módulos fiscais) e 3 (maior a 4 módulos fiscais). As técnicas de recuperação que foram utilizadas para elaboração dos custos foram: plantio adensado, plantio de enriquecimento, plantio espaçado, cercamento, poleiros e a transposição do banco de sementes. Os custos de implantação em cada uma das técnicas foram:: mão de obra, materiais de consumo e atividades de manutenção. Para a elaboração dos planos de recuperação foi considerado o nível de degradação do solo, o estágio sucessional e de conservação da vegetação, presença de floresta nas zonas circunvizinhas e os principais fatores que impactam as áreas de preservação permanente. A partir disso foi possível calcular os custos de adequação ambiental nas propriedades. A área total para adequação ambiental nas 37 propriedades foi de 281,47 ha. O custo total encontrado foi de R$1.689.339,16 e o custo médio foi de R$6.002,06/ha. Outro fato observado é que o valor por hectare foi maior no estrato 1 (R$ 6.670,64/ha), e menor no estrato 3 (R$ 5.118,37/ha), demonstrando que as propriedades menores se apresentaram mais degradadas que as demais. Portanto, considerando que a maioria é pequena propriedade, este valor é considerado alto e limitante para os produtores. A definição da técnica de recuperação a ser utilizada, entre os seis tipos existentes é um passo importante para a adequação das propriedades e efetivação de medidas para a melhoria da qualidade ambiental das propriedades e a potencialização dos serviços ambientais. Os custos de recuperação são altos, o que evidencia a inviabilidade do produtor arcar sozinho com este custo. Desta forma, a adequação das áreas de APP pelos produtores depende de apoio financeiro governamental, de entidades civis ou de outros mecanismos de mercado.
Palavras-chave Área de preservação permanente, Custos, Recuperação Ambiental.
Forma de apresentação..... Painel
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