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21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1058

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Tecnologia da madeira, celulose e papel
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Lucas de Freitas Fialho
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros BENEDITO ROCHA VITAL, Clarissa Gusmão Figueiró
Título Composição química estrutural de diferentes materiais genéticos de Eucalyptus para a produção de carvão vegetal
Resumo O Brasil produz carvão vegetal em larga escala, se destacando no cenário mundial como seu maior produtor e consumidor. A qualidade da madeira é um fator de extrema importância quando o objetivo é a sua produção com alto rendimento, baixo custo e elevada qualidade. Um problema relacionado à utilização do carvão vegetal é sua alta variabilidade em qualidade, uma vez que esse produto sofre grande influência da madeira que lhe deu origem e do sistema de produção. Surgindo assim a importância de se conhecer as propriedades químicas da madeira para auxiliar na escolha do material genético para sua produção. O rendimento, qualidade e desempenho do carvão vegetal são influenciados pelas propriedades químicas estruturais da madeira. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar as propriedades químicas da madeira de diferentes materiais genéticos de eucalipto para a produção de carvão vegetal. Foram utilizados 5 materiais genéticos de Eucalyptus sp., sendo o material genético 1 e 2 (E. tereticornis), 4 e 5 (E. urophylla) e 3 (E. pellita), aos 7 anos de idade. Foram quantificados os teores de extrativos, lignina solúvel, lignina insolúvel e holoceluloses. O procedimento utilizado para determinar os teores de lignina insolúvel foi o método Klason. O método de Goldschimid (1971), por espectrometria, foi utilizado para quantificar a lignina solúvel. A lignina total foi determinada pela soma dos valores de lignina solúvel e insolúvel. Para quantificar os teores de extrativos, utilizou-se a norma TAPPI 264 om-88 (1992). Observou-se que o material genético 3 apresentou, de forma significativa maiores valores de extrativos totais, com valor médio de 3,88%. Para a produção de carvão vegetal, a presença de maiores teores de extrativos é indesejável, uma vez que, para essa finalidade, é ideal que a madeira apresente maiores quantidades de compostos estáveis termicamente, como é o caso da lignina. Os maiores teores de lignina totais foram observado, de forma significativa, para o material genético 2, com valor médio de 32,96%. A lignina é o componente químico estrutural mais importante para a produção de carvão vegetal, pois ele contribui para o rendimento gravimétrico e pela presença de carbono fixo no carvão vegetal. Não houve diferenças significativas para os teores de holocelulose entre os matérias analisados, tendo os valores médios obtidos variando de 64,88% a 66,62%. O teor de holocelulose é inversamente proporcional ao teor de lignina, dessa forma, para a produção de carvão vegetal, madeiras com menores teores de holocelulose devem ser preferidas. Todos os clones apresentaram propriedades químicas estruturais satisfatórias para a produção de carvão vegetal, porém o material genético 2 destacou-se em relação aos demais, por apresentar maior teor de lignina. Logo se faz necessário um estudo prévio avaliando a qualidade da madeira antes da seleção do melhor material genético para a produção de carvão vegetal.Apoio- Embrapa Floresta
Palavras-chave Carvão vegetal, composição química estrutural, Eucalyptus
Forma de apresentação..... Painel
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