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21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1000

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Educação do campo e sociologia rural
Setor Departamento de Economia Rural
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Dayane Rouse Neves Sousa
Orientador MARCELO LELES ROMARCO DE OLIVEIRA
Outros membros Bruno Costa da Fonseca
Título Conflitos ambientais: uma análise da expectativa de implantação do mineroduto da Ferrous na microrregião de Viçosa-MG
Resumo Este trabalho apresenta os resultados finais da pesquisa “Conflitos ambientais: um estudo de caso do mineroduto da Ferrous na microrregião de Viçosa-MG”, na qual teve como objetivo investigar os conflitos ambientais ocasionados pela instalação do mineroduto da Ferrous na microrregião de Viçosa-MG, e ainda analisar o posicionamento dos diversos atores sociais envolvidos. Como metodologia a pesquisa utilizou-se da consulta de pesquisas bibliográficas e documentais, entrevistas semiestruturadas e acompanhamento às reuniões das comunidades atingidas e da Campanha Pelas Águas e Contra o Mineroduto da Ferrous, às audiências públicas e às manifestações realizadas por atores contrários ao empreendimento. O mineroduto terá faixa de servidão de 100 metros de largura e 400 quilômetros de comprimento que ligará o complexo da Mina da Viga, em Congonhas – MG, ao porto da “Ferrous Ressources”, em Presidente Kennedy – ES, no qual passará por 22 municípios, sendo 17 em Minas Gerais, 3 no Rio de Janeiro e 2 no Espírito Santo. Na região estudada, o mineroduto atingirá aproximadamente 308 propriedades rurais, sendo: 92 em Viçosa, 71 em Coimbra, 90 em Ervália, 53 em Paula Cândido e 02 em Cajuri. Entre os resultados, percebeu-se que o surgimento do conflito ambiental nessa microrregião se deu a partir da expectativa de implantação do mineroduto da Ferrous, pois a realização do empreendimento sem a devida discussão e consentimento dos atores sociais envolvidos, sobretudo dos atingidos, provocou tal embate. A partir daí o conflito foi se desdobrando através: do valor das indenizações da terra; do local da propriedade rural a ser desapropriado para a passagem do mineroduto; da falta de informações sobre a implantação do empreendimento; dos prejuízos econômicos e ambientais nas propriedades atingidas e, ainda, do problema da falta de água no município de Viçosa com a relação da passagem do mineroduto nas nascentes do ribeirão São Bartolomeu, caso haja a implantação do empreendimento. É importante enfatizar que este ribeirão é de suma importância para Viçosa, pois ele é responsável por abastecer a água de 50% deste município e 100% da Universidade Federal de Viçosa. Dentre os atores envolvidos neste conflito citam-se: os atingidos, MAB, PACAB, NACAB, ENEBio, AGB, Igreja e Levante Popular da Juventude, que são contrários a instalação do empreendimento; já os que se encontram a favor do empreendimento são o empreendedor e alguns órgãos representantes do Estado. Portanto, este empreendimento segue o contexto de desenvolvimento econômico insustentável e da exploração do território. Deste modo, o território será usado de forma a incrementar os lucros do empreendedor trazendo pouco desenvolvimento para a microrregião e deixando grandes impactos. Pode-se argumentar também que o Estado, de modo geral, não tem sido efetivo no papel de mediação e gestão dos conflitos, se estabelecendo do lado do empreendedor e deixando de ir ao encontro dos direitos das comunidades atingidas.
Palavras-chave Conflito Ambiental, Mineroduto, Ferrous
Forma de apresentação..... Oral
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