Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 21521

Instituição Universidade Federal de Minas Gerais
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Luiz Guilherme Pereira Pimentel
Orientador KARINE FREHNER KAVALCO
Outros membros Igor Henrique Rodrigues Oliveira, Iuri Batista da Silva, Renan Rodrigues Rocha, RUBENS PASA
Título Entre Colônias e Genes: O Mitogenoma da Aranha Social Africana, Stegodyphus dumicola (Araneae: Eresidae)
Resumo Stegodyphus é um gênero de aranhas aveludadas pertencente à família Eresidae. Atualmente, conta com 19 espécies descritas, com ampla distribuição pelo continente africano, sul da Europa, Oriente Médio, Ásia e Brasil. Grande parte das espécies de Stegodyphus são conhecidas por seu incomum hábito de viver em sociedade, como a aranha Stegodyphus dumicola, que vive em grandes colônias compostas principalmente por fêmeas. Devido à vida em comunidades com indivíduos de alto grau de parentesco, é comum haver um alto nível de endogamia por conta do isolamento geográfico e pelo comportamento de acasalamento ocorrer na colônia-mãe, resultando assim na reprodução com outros indivíduos aparentados, resultando em um elevado número de mutações genéticas fixadas. Uma ferramenta importante para medir e indicar o nível de endogamia entre as populações pode estimada pela análise do genoma mitocondrial, uma molécula de DNA encontrada na mitocôndria que possui 37 genes: 13 genes codificadores de proteínas (PCG), 22 genes de RNA transportador (tRNA), 2 genes de RNA ribossômico (rRNA) e uma região não codificadora chamada D-loop. O mitogenoma é de grande importância em estudos populacionais e uma ferramenta útil em pesquisas taxonômicas e ecológicas. O objetivo deste estudo foi realizar a montagem e descrição do genoma mitocondrial de S. dumicola. Para isso, realizamos uma busca de bibliotecas de sequenciamento bruto WGS de S. dumicola no banco de dados SRA do National Center for Biotechnology Information (NCBI) e exportamos a biblioteca de S. dumicola para a plataforma Galaxy Europe. A montagem do mitogenoma foi realizada por meio da ferramenta NovoPlasty v4.2, usando como seed o gene mitocondrial Citocromo Oxidase subunidade I (COI) de Stegodyphus sp. Em seguida, a anotação foi realizada utilizando a ferramenta MITOS2. Como resultado, obtivemos um genoma mitocondrial circular com 14.392 pares de base (pb), contendo 13 PCGs, dois rRNAs, 20 tRNAs e uma região não codificadora chamada D-loop. O genoma apresentou um conteúdo de GC de 24.8%. Os maiores genes do genoma mitocondrial foram a subunidade 5 da NADH, com 1.719 pb, e o COI, com 1.536 pb. Observamos a ausência de dois tRNAs, sendo eles tRNA-H e tRNA-S1. O genoma mitocondrial de S. dumicola se assemelha ao mitogenoma de outras espécies de aranhas, com a única diferença sendo a ausência de dois RNAs transportadores. No entanto, mais análises são necessárias para elucidar a falta desses dois genes, sendo uma possível hipótese a perda de regiões, devido a eventos de deleção ou mutações resultantes do alto nível de endogamia entre indivíduos da mesma população. Portanto, deve-se realizar a comparação de genomas mitocondriais completos, utilizando outras ferramentas de anotação genômica, juntamente com mais análises para investigar essa questão.
Palavras-chave Chelicerata, Invertebrados, mtDNA
Apresentações
  • Painel: Hall PVA, 21/10/2025, de 10:00 a 12:00

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