Resumo |
O projeto Cores do Cerrado: “pintando o sete” na escola foi pensado tendo como referência o projeto Cores da Terra, desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa (Campus Viçosa). Dentro do contexto de sustentabilidade, o projeto propõe o uso de técnicas de pintura utilizando os solos como fonte de pigmentos-base para produção de tintas ecológicas e aponta possibilidades de se trabalhar a Educação Ambiental, através de métodos de ensino eficientes e alternativos em relação às tradicionais metodologias. O uso do solo para a fabricação de tintas é bastante viável, uma vez que a terra é um bem natural abundante no planeta e a fabricação de tintas ecológicas resulta em produtos menos poluentes. Objetivou-se através deste projeto desenvolver um trabalho educativo envolvendo os alunos da Escola Estadual Professor José Luiz de Araújo utilizando técnicas de pintura à base de solos coletados no bioma cerrado, no município de Rio Paranaíba, região do Alto Paranaíba, Minas Gerais. Para a execução do trabalho, até o momento, foram realizadas as seguintes atividades: apresentação do projeto de extensão à escola; criação de uma oficina de capacitação dos professores da escola sobre a técnica de pintura à base de solo; visita dos alunos ao Belvedere (mirante); visita dos alunos ao Museu de Pedologia e Geologia da UFV- CRP; distribuição do Jornal Folha Biológica de julho/agosto de 2013, para as turmas do 4º e 5º ano, no qual abordou o tema: “Mudanças climáticas globais: verdades e consequências”. Todas as atividades permitiram ressaltar a importância da educação ambiental, da contextualização do meio que vivem, bem como a utilização de metodologias alternativas que não agridam o meio ambiente e a saúde. A partir das atividades desenvolvidas, foi possível observar a obtenção do conhecimento e capacitação dos professores e demais funcionários a respeito do uso de técnicas de pintura com as tintas ecológicas. Através da visita ao Museu de Geologia e Pedologia da UFV-CRP, os alunos adquiriram o conhecimento do processo de formação do solo, conheceram os diferentes tipos de rochas e os seus processos de formação. A visita ao Belvedere serviu para os alunos serem informados a respeito da dinâmica da paisagem local e os diferentes processos geológicos ocorridos na região. Alunos e docentes foram sensibilizados para a presença de diferentes paisagens em Rio Paranaíba, permitindo a inserção do aluno no contexto de agente transformador do meio ambiente. O trabalho com o Jornal Folha Biológica serviu como material didático a ser trabalhado em sala de aula como modelo para que fossem redigidas dissertações a respeito do aumento da concentração de CO2 e suas consequências no planeta. Conclui-se que a educação ambiental é uma importante e eficiente ferramenta de ensino, capaz de fortalecer a formação profissional dos estudantes, despertando o interesse para questões ambientais e sustentáveis entre os alunos e professores da Escola Estadual Professor José Luiz de Araújo. |