Resumo |
A avaliação do estado nutricional de crianças é fundamental para a identificação de riscos associados à alimentação e nutrição. Traçado o perfil antropométrico pode-se planejar ações de educação nutricional com intuito de promover práticas alimentares saudáveis e estado nutricional adequado. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil nutricional de crianças antes e após ações de educação nutricional. Trata-se de um estudo de intervenção, realizado com 21 crianças estudantes de uma escola privada do município de Rio Paranaíba-MG. Obteve-se a medida do peso, por meio da balança portátil Marte modelo LC200 PP e da estatura por meio de estadiômetro Alturaexata®. Utilizou-se o software World Health Organization (WHO) Anthroplus, versão 1.0.4 para o cálculo do escore-Z dos índices IMC/idade e estatura/idade e classificação do estado nutricional pela WHO (2006). Foram realizadas oficinas de educação nutricional com as crianças abordando temas sobre alimentação adequada. Para tal, houve confecção e utilização de recursos didáticos, momentos de histórias, teatro de fantoches confeccionados especificamente para incentivar os bons hábitos alimentares, preparação de lanches saudáveis e degustação. Após 4 meses de intervenção, repetiu-se a avaliação antropométrica (peso e altura) das crianças. A análise estatística foi realizada no progrrama Sigma Statistic for Windows versão 2.03, por meio do teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov e aplicação do teste-t pareado, adotando o nível de significância <0,05. Encontrou-se que 50,0 % (n=11) das crianças avaliadas eram do sexo masculino. Na primeira avaliação, observou-se que 77,3% (n=17) eram eutróficos; 18,2% (n=4), sobrepeso e 4,5% (n=1), obeso. Na segunda avaliação, a prevalência respectiva de eutrofia, sobrepeso e obesidade foi de 68,2% (n=15); 22,7% (n=5) e 9,1% (n=2). Ao verificar a modificação no estado nutricional antes e após as ações educativas, notou-se que 77,3% (n=17) mantiveram o estado nutricional inicial; 4,5% (n=1) passou de sobrepeso para eutrofia; 13,6% (n=3) passaram de eutrofia para sobrepeso e 4,5% (n=1), de sobrepeso para obesidade. Não houve diferença estatística entre os valores de escore-Z de IMC/idade da primeira e segunda avaliações (p=0,53). Constatou-se que 100% (n=22) das crianças apresentaram estatura adequada para a idade, na primeira e segunda avaliações. Conclui-se que o excesso de peso foi o problema nutricional mais evidenciado. Pelo fato de ser um problema multifatorial, ressalta-se a importância da implementação de ações educativas a longo prazo na escola, complementado por atividades com os pais e/ou cuidadores visando a formação de hábitos alimentares saudáveis e estado nutricional adequado. |