Resumo |
O consumo excessivo de refrigerantes pode estar associado com o aumento do índice de obesidade e de outras doenças associadas. Tais evidências são suficientes para que haja o desestímulo do consumo de refrigerante, assim tendo a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis e uma melhor qualidade de vida. O objetivo foi avaliar o consumo de refrigerantes e fatores correlacionados entre universitários da Universidade Federal de Viçosa – Campus de Rio Paranaíba. Estudo de caráter transversal, incluindo 50 jovens adultos, 25 do sexo feminino com idade entre 20-25, média de 21,12 anos e 25 do sexo masculino com idade entre 20-28, média de 21,52 anos, estudantes da Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba-MG. Foram convidados a participarem do estudo, mediante consentimento, através da assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Foi utilizado a antropometria para obtenção do peso e estatura. O estado nutricional dos participantes foi classificado de acordo com os pontos de corte da Organização Mundial da Saúde para o Índice de Massa Corporal. Após a antropometria, aplicou-se questionário de múltipla escola para avaliação do consumo de refrigerantes, a frequência e outros hábitos alimentares. Observou-se o consumo de refrigerante entre 84 % (n=42) dos entrevistados, sendo 50% (n=21) do sexo feminino e 50% (n=21) do sexo masculino. Em relação à frequência de consumo, percebeu-se que 22% (n=11) consomem uma vez por semana, 14% (n=7) duas vezes por semana, 10% (n=5) três vezes por semana, 16% (n=8) quatro vezes por semana, 4% (n=2) para cinco e seis vezes por semana, 6% (n=3) diariamente e 12% (n=6) raramente.Na análise do estado nutricional, verificou-se que entre o sexo feminino 12% (n=3) apresentaram desnutrição de grau I, 76% (n=19) do sexo feminino e 60% (n=15) do sexo masculino apresentaram eutrofia; 12% (n=3) do sexo feminino e 36% (n=9) do sexo masculino apresentaram sobrepeso; 4% (n=1) do sexo masculino apresentaram obesidade de grau I. Das 12% (n=3) avaliadas do sexo feminino com excesso de peso, todas consomem refrigerante e dos 40% (n=10) do sexo masculino com excesso de peso, 32% (n=8) consomem refrigerante e 6% (n=2) não consomem. Mesmo com o alto consumo de refrigerante há também o consumo de sucos, dos 94% (n=47) que consomem refrigerante, 64% (n=32) consomem suco artificial e 30% (n=15) suco natural e 6% (n=3) consomem apenas refrigerante. De acordo com o estudo os universitários 84 % (n=42) que consomem maior quantidade de refrigerante consomem menor quantidade de água, de 1 a 2 copos por dia, já os que não consomem refrigerante 16% (n=8) tomam mais de 6 copos de água por dia. Concluímos que o consumo de refrigerantes é elevado entre os universitários e que este fator pode ser um agravante do estado nutricional. Por isso, é necessária a conscientização e promoção da redução do consumo de refrigerantes e aumento do consumo de água. |