Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

22 a 24 de outubro de 2013

Trabalho 487

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Raquel Isabel da Silva
Orientador VIRGINIA SOUZA SANTOS
Outros membros Pollyana Bontempo Martins
Título Composição nutricional de dietas veiculadas em revistas não científicas
Resumo No Brasil, a prevalência de excesso de peso no ano de 2010, foi de 42% em homens e 35,4% em mulheres. Assim, há uma preocupação entre a população adulta em perder peso e torna-se crescente o surgimento de dietas populares, não convencionais, para combater o excesso de peso. Nas revistas não científicas há uma grande disponibilidade de dietas da moda, que visam o emagrecimento rápido, e que, entretanto, são inadequadas, pois não levam em consideração os hábitos alimentares e as necessidades nutricionais dos indivíduos. O objetivo deste estudo foi avaliar se a composição nutricional de dietas para perda de peso, veiculadas em revistas nacionais, não científicas, atendem às recomendações de macronutrientes e energia para mulheres adultas. Selecionou-se, de maneira aleatória, 5 revistas que traziam dietas destinadas para mulheres adultas, publicadas no ano de 2012. A análise das dietas foi realizada pelo conteúdo de macronutrientes de cada preparação, calculados através das tabelas de composição de alimentos. Foram analisadas calorias, carboidratos, proteínas e lipídios. Considerou-se como valores de referências para comparação, as quantidades propostas pelas Ingestões Dietéticas de Referência (DRIs) para mulheres adultas. Para avaliar os carboidratos, foram considerados inadequados valores abaixo de 45% e acima de 65%; para os lipídios,abaixo de 20% e acima de 35%; para proteínas valores abaixo de 10% e acima de 35%. Observou-se que o valor calórico das dietas variou de 1112,76 a 1650,07 kcal/dia (±69,9). Dentre estas, 60% (n=3) apresentaram valores calóricos abaixo de 1200 kcal/dia, quantidade insuficiente para atender as necessidades calóricas mínimas para mulheres adultas. Quanto ao teor de macronutrientes, observou-se que 40% (n=2) das dietas possuíam reduzido teor de carboidratos, em média 96,61g/dia (±9,42), fator preocupante foi a baixa oferta de carboidratos, já que estes são considerados os principais fornecedores de energia para o organismo.Na análise dos lipídios e proteínas, percebeu-se que 80% (n=4) das dietas apresentavam-se normolipídicas e normoproteicas. Em 20% (n=1) destas, observou-se o alto valor proteico (153,22 g/dia ±7,68 ), sendo esse um dado preocupante, pois o excesso deste nutriente pode causar várias patologias tais como aterosclerose, câncer e doenças renais. Conclui-se que grande parte das dietas publicadas em revistas não científicas, apresentam inadequações de macronutrientes e energia, o que reforça a ideia de que o estado nutricional do indivíduo fica comprometido ao seguí-las.Estas dietas podem representar risco aos seus seguidores, já que não levam em consideração as necessidades nutricionais individuais. A população deve ser esclarecida dos riscos associados à prática de dietas, sem a devida assistência de um profissional nutricionista.
Palavras-chave Revistas, Dietas, Macronutrientes
Forma de apresentação..... Painel
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