Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

22 a 24 de outubro de 2013

Trabalho 212

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Fernanda de Fátima Santos Soares
Orientador JAQUELINE DIAS PEREIRA
Outros membros Ana Claudia Silva Lima, MARLON CORREA PEREIRA, Taynara Dayane Guimarães Silva
Título Anatomia dos Órgãos Vegetativos de Cinco Espécies de Orchidaceae
Resumo Orchidaceae é uma das maiores famílias entre as angiospermas, sendo estimado um número de espécies variando entre 20.000 e 35.000. Objetivou-se evidenciar as adaptações anatômicas de cincos espécies de orquídeas epífitas do Cerrado do Alto Paranaíba, MG. As amostras foram coletadas em fazendas próximas à cidade de Patos de Minas, foram fixadas em FAA50, desidratadas e incluídas em metacrilato para obtenção de cortes transversais em micrótomo rotativo de avanço automático, a 6 micrômetros de espessura. As lâminas foram coradas com azul de toluidina e montadas em Permount. As lâminas foram observadas em microscópio Olympus do laboratório de Anatomia Vegetal, da UFV, Campus de Rio Paranaíba e a digitalização das imagens foi realizada em fotomicroscópio. As espécies estudadas foram: Catasetum fimbriatum, Oncidium fuscopetalum, Brassavola sp., Myoxanthus lonchophyllus e Ionopsis sp.. As espécies C. fimbriatum e O. fuscopetalum apresentaram pseudobulbo com grandes espaços de ar no córtex, velame foi encontrado em todas as raízes, endoderme com paredes lignificadas, com algumas células de passagem, sendo que em O. fuscopetalum e Ionopsis sp., o espessamento foi em formato de “O”. Estegmatas foram encontrados nas raízes das espécies O. fuscopetalum, M. lonchophyllus e Ionopsis sp., no entanto, a espécie C. fimbriatum apresentou também no pseudobulbo e folha. As folhas de todas as espécies, exceto Brassavola sp., são hipoestomáticas. Camada subepidérmica está presente nos pseudobulbos de C. fimbriatum e O. fuscopetalum e nas folhas de O. fuscopetalum e Ionopsis sp.. As folhas de Brassavola sp., M. lonchophyllus e Ionopsis sp. possuem parênquima aquífero e as de C. fimbriatum e O. fuscopetalum possuem células adaxiais da epiderme bem desenvolvidas. As espécies apresentaram também caracteres adaptativos importantes à resistência ao dessecamento como epiderme com paredes periclinais e anticlinais espessadas no pseudobulbo de C. fimbriatum e O. fuscopetalum e no escapo floral de Ionopsis sp., no entanto, a estrutura caulinar de M. lonchophyllus, folhas de Brassavola sp. e Ionopsis sp. apresentaram apenas as paredes periclinais da epiderme espessadas. Calotas de fibras estavam presentes no mesofilo de C. fimbriatum e Ionopsis sp., e no parênquima da estrutura caulinar de Myoxanthus lonchophyllus. Camadas de fibras internamente aos tecidos vasculares estão presentes nas raízes de O. fuscopetalum e M. lonchophyllus, nos pseudobulbos das duas espécies que o possuem, nas estruturas caulinares de Myoxanthus lonchophyllus e de Ionopsis sp. e nas folhas de todas as espécies, exceto em O. fuscopetalum. Ionopsis sp. e O. fuscopetalum apresentaram medula esclereficada, nas raízes. A anatomia das espécies destacadas neste estudo reforça as estratégias adaptativas relacionadas à economia de água, importantes ao hábito epifítico.
Palavras-chave Cerrado, anatomia, epifitismo
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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