Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

22 a 24 de outubro de 2013

Trabalho 1657

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agroindústria, processamento e armazenamento
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Bolsa FUNARBEX
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Thamara Lúcia Silva
Orientador MILENE THEREZINHA DAS DORES
Outros membros Lenízy Cristina Reis Rocha, Lucélia Cristina Alves, Renata Abadia Reis Rocha
Título Caracterização Socioeconômica, Cultural e Avaliação dos requisitos de qualidade do Queijo Minas Artesanal do Cerrado produzidos no município de Serra do Salitre – MG.
Resumo Uma característica importante dos queijos em Minas Gerais é a sua produção artesanal, que disponibiliza cerca de 40 mil toneladas/ano no mercado, de produto fabricado em pequenas propriedades. Essa produção encontra-se pulverizada em cinco regiões principais (Araxá, Canastra, Cerrado, Serro e Campos das Vertentes), consideradas tradicionais e, protegidas atualmente pela Lei no 14.185, de 31 de janeiro de 2002. Essa lei, além de valorizar a tradição mineira, visa resguardar e proteger uma atividade da qual se ocupam cerca de 30 mil famílias de pequenos proprietários. A fabricação do queijo Minas Artesanal, geralmente é feita por pequenos agricultores de propriedades rurais onde normalmente não são realizadas as boas práticas de manejo do rebanho e fabricação, como higienização e sanitização correta do ambiente e dos utensílios a serem usados antes e depois da fabricação do queijo. Assim, o objetivo do presente trabalho foi caracterizar as condições socioeconômicas e higiênico-sanitárias do queijo Minas Artesanal do Cerrado, produzido no município de Serra do Salitre. As 50 propriedades forma selecionadas de forma aleatória e apresentavam diferentes perfis de adequação. A caracterização foi realizada por meio de questionários estruturado que abordou questões sobre o produtor; a obtenção da matéria-prima; instalações sobre a queijaria; criação de animais; manipuladores; equipamentos e utensílios diretamente relacionados ao processamento entre outros. Os resultados obtidos demonstraram que o volume de leite diário produzido é em média 400 litros por produtor, sendo este volume todo destinado a de queijo minas artesanal. Foi observado também, que a comercialização deste produto constitui a única fonte de renda para a maioria dos produtores e sua família. A ordenha e a produção do queijo são realizadas pelo próprio proprietário da fazenda e familiares e apenas algumas das propriedades tinham o auxilio de um funcionário, que apresentavam roupas aparentemente limpas, porém não faziam uso de toucas, e máscara, todos entrevistados alegaram fazer a higienização das mãos antes da produção do queijo. A água utilizada para a higienização dos utensílios, do local de produção e mãos não era tratada. Todos os proprietários alegaram produzir queijo há muitos anos e que participaram de treinamentos e reuniões sobre produção de queijo, porém nenhumas das propriedades se encontraram totalmente dentro dos padrões estabelecidos pela legislação vigente. Dentre as principais problemas por partes dos produtores para a adequação foi a falta de recurso financeiro (85%), a construção inadequada da queijaria (10,5%), porém os proprietários mostram interesse em se adequarem à legislação. Contudo é possível concluir que há necessidade de treinamento e conscientização dos produtores, para que estes saibam da importância de boas práticas de fabricação para a qualidade e valor dos queijos artesanais, atendendo assim a legislação especifica.
Palavras-chave queijo, artesanal, qualidade
Forma de apresentação..... Painel, Oral
Gerado em 0,67 segundos.