Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

22 a 24 de outubro de 2013

Trabalho 1653

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética e melhoramento animal
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Leticia Aparecida Cruvinel
Orientador KARINE FREHNER KAVALCO
Outros membros RUBENS PAZZA
Título Divergência incipiente no grupo Astyanax aff. fasciatus (Characiformes: Characidae) nas bacias dos rios São Francisco e Paraná.
Resumo O gênero Astyanax pertence à família Characidae e consiste de pequenos peixes onívoros, popularmente chamados de piabas ou lambaris. Astyanax fasciatus é uma espécie com vasta distribuição geográfica, que compreende toda a região neotropical. Estudos mostram que A. fasciatus pode representar um grupo de espécies englobadas em uma denominação comum. Com base nessa afirmação foram feitas análises morfométricas e sequenciamento de um gene mitocondrial de exemplares distribuídos em nove pontos de coleta ao longo das bacias dos rios São Francisco e Paraná. As análises morfométricas foram feitas em exemplares provenientes do Rio Paranaíba (Patos de Minas), Rio Mombaça, Rio do Boi, Açude das Araras, Rio Grande, Córrego Paraíso, Rio Paranaíba (Carmo do Paranaíba), Rio Santa Catarina e Rio Pará. As populações que tiveram genes sequenciados foram as do Rio Mombaça, Açude das Araras, Rio Grande, Córrego Paraíso, Rio do Boi e Rio Paranaíba (Patos de Minas). O DNA foi extraído do fígado ou coração do animal, usando Kit de extração PurelinkGenomic DNA (Invitrogen). As reações de PCR foram feitas usando primers do gene ATPase 6/8, e sequenciadas em serviço terceirizado. As sequências foram alinhadas utilizando-se o algoritmo Clustal W no software MEGA v5, onde foi realizado o teste do melhor modelo evolutivo (Tamura-Nei + G). O filograma de Máxima Verossimilhança foi gerado utilizando-se 100 repetições de bootstrap. Nas análises morfométricas as medidas foram tomadas utilizando-se paquímetro digital e os dados foram utilizados em análises multivariadas. Os valores das medidas foram tratados para eliminar variações intrapopulacionais (“size-free”). A Análise de Variáveis Canônicas e o filograma de NeighbourJoining baseado na distância Euclidiana dos dados morfométricos permitiram observar a estruturação de todas as populações, com pequena sobreposição entre as populações do rio do Boi (São Francisco) e rio Paranaíba de Patos de Minas. Bem distante foi possível observar a população do córrego Paraíso (Paranaíba) e rio Pará (São Francisco). O filograma de Máxima Verossimilhança mostrou que apesar de alguns haplótipos terem se mostrado inconsistentes, existe uma estruturação entre as populações. Foi observada a separação de dois grupos principais. Um formado pelas populações do rio Grande, rio Mombaça e maioria dos indivíduos do rio do Boi, e também alguns indivíduos não agrupados pertencentes ao córrego Paraíso e rio Paranaíba. O outro foi formado pelas populações do rio do Boi, açude das Araras e Paranaíba (com indivíduos da calha principal e do córrego Paraíso). O agrupamento dos indivíduos da calha principal do rio Paranaíba e do córrego Paraíso é explicado pela proximidade dos pontos de coleta, dentro do município de Carmo do Paranaíba. Por outro lado, os dados morfológicos apontam para uma boa estruturação dos indivíduos do córrego Paraíso, sugerindo que a troca de informações genéticas nessas populações pode estar comprometida.
Palavras-chave Morfometria, Filogeografia, ATPase
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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