Resumo |
As informações sobre o consumo alimentar obtidas na avaliação dietética são essenciais para a determinação da melhor estratégia nutricional a ser orientada. Objetivos: Tendo em vista a preocupação em reduzir o peso corporal dos pacientes atendidos por um programa de terapia da obesidade em grupo, o objetivo desse trabalho é avaliar a frequência de consumo alimentar dos mesmos, para que sejam identificados alguns fatores dietéticos que propiciem o aumento de peso e que possam ser modificados por meio de ações educativas. Metodologia: Foram selecionadas 17 pessoas com estado nutricional indicando sobrepeso ou obesidade, inscritas em um projeto de terapia em grupo para controle de peso, na cidade de Rio Paranaíba (MG) e aplicado o Questionário de Frequência Alimentar (QFA), a fim de verificar a frequência com que determinados alimentos característicos da região eram consumidos pelos mesmos. O QFA foi composto de 46 alimentos, dentre os quais subdivididos em duas categorias: “saudáveis” e “risco”, segundo o sistema classificatório dos alimentos, que provê as relações de certas categorias de alimentos com o organismo, capazes de auxiliar na manutenção da saúde ou do contrário, provocar ou gerar doenças. No questionário 32,61% (n=15) dos alimentos, sendo eles minimamente processados como frutas, verduras, legumes e cereais e preparações caseiras simples (arroz e feijão) foram incluídos na categoria “saudáveis”; enquanto 67,39% (n=31) dos alimentos, sendo preparações culinárias e os alimentos ultraprocessados cuja composição química contivesse mais açúcar, gordura saturada e sódio, e menos fibras foram incluídos na categoria “risco”. Para a definição da frequência no QFA, utilizou-se o parâmetro de consumo mensal médio por indivíduo, considerando a equivalência média de 1 mês = 4 semanas = 30 dias. Através do QFA foi traçado um perfil do grupo. Foi considerada a frequência com que determinados alimentos eram consumidos por esse grupo. Resultados: Dos alimentos “risco”, 51,6% (n=16) eram consumidos de 4 a 20 vezes por mês, ou seja, de 1 a 5 vezes por semana em média, por cada pessoa do grupo. Os demais 49,4% (n=15) eram consumidos ocasionalmente, até 3 vezes por mês. Nenhum alimento desta categoria apresentou frequência de consumo diária. Para os alimentos leite, queijo, pão, frutas, legumes, arroz e feijão, considerados na categoria “saudáveis”, foi constatado que 46,7% (n=7) eram consumidos diariamente; já para iogurte, suco natural de frutas, ovos e folhosos, da mesma categoria, 26,7% (n=4) eram consumidos de 1 a 5 vezes por semana em média. O restante apresentou frequência de consumo ocasional. Conclusão: Verifica-se a necessidade de estimular no grupo a redução da frequência na ingestão de alimentos classificados como “risco”. |