Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

22 a 24 de outubro de 2013

Trabalho 1012

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Administração, gestão e ordenamento territorial e ambiental
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Camila Cristina Camargo
Orientador ROSIANE MARIA LIMA GONCALVES
Outros membros AUREA LUCIA SILVA ANDRADE, Maízy Cássia Silva
Título Coordenação da cadeia produtiva do café: um estudo de cafés especiais na microrregião de Patrocínio.
Resumo O conhecimento dos arranjos que compõem uma cadeia produtiva é de grande importância por representar os mecanismos estratégicos que integram o agronegócio e auxiliar na análise da competitividade de cada cadeia produtiva especificamente. O Brasil é um dos maiores players globais de cafés e, nos últimos anos, tem se destacado na oferta de cafés remodelados no processo produtivo, interligados à excelência e à qualidade. Alinhada a esta tendência, a presente pesquisa analisou a cadeia produtiva de cafés especiais em Patrocínio-MG, identificando a estrutura de governança, os agentes que integram a cadeia e as características das transações à luz da Economia de Transação de Custos. Metodologicamente, a unidade de análise foi a cadeia produtiva em si, caracterizando a pesquisa como estudo de caso. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os principais atores da cadeia produtiva, além de levantamentos documentais e observação in loco. A análise dos dados obtidos permitiu identificar o nível de articulação organizacional da cadeia estudada, destacando-se a atuação de cooperativas locais e Acarpa como agentes imprescindíveis ao apoio do sistema de qualidade, à divulgação dos valores da região e à demarcação regional. Deste modo, estes atores representam os laços institucionais integrados, os quais prestam assistência e manutenção ao processo de identificação geográfica como diferencial de especificidade do produto transacionado, no caso, o café. A Federação dos Cafeicultores, por sua vez, atua como agente coordenador das relações ao longo dos elos da cadeia produtiva e, ainda, como a mantenedora da marca Região do Cerrado Mineiro. Referida marca, aliada à rastreabilidade, reforça o elo entre mercado consumidor e produtor, possibilitando uma maior aproximação e permitindo aos consumidores verificar o histórico produtivo do café que é consumido. Além disso, corrobora para o aumento da competitividade da cadeia produtiva em questão a abertura a novas tecnologias e inovação, as quais além de garantir um sistema produtivo eficiente e de baixo custo, ainda contribuem para a produção de um café exclusivo e de alto padrão. Outrossim avulta-se que o nível gerencial dos produtores é elevado, havendo, positivamente, grande dispersão de conhecimento dos custos de produção e da relação custo/benefício do emprego de tecnologias. A cadeia produtiva local, portanto, apresenta elos articulados que garantem a competitividade por meio de uma adequada estrutura de governança, com foco na redução dos custos de transação, suportados por práticas gerenciais, as quais permitem aos produtores monitorar a produção e correlacionar as variáveis que envolvem todo o sistema. Identificou-se também que a especialidade local representa um pilar para a diferenciação do café produzido em Patrocínio que, atrelado a práticas gerenciais eficientes e aportadas pela demarcação regional, proporciona o reconhecimento do Café do Cerrado Mineiro como um produto premium.
Palavras-chave cadeias produtivas, café, Alto Paranaíba
Forma de apresentação..... Painel, Oral
Gerado em 0,68 segundos.