Resumo |
O pimentão pertence a família Solanácea, de origem americana, que ocorre de forma silvestre no México, América Central e América do Sul. O Brasil está entre os principais produtores de pimentão. Para produção de mudas de alta qualidade, são envolvidas várias fases do sistema de produção, entre elas a nutrição, uma vez que, desta depende o desempenho da futura planta. Desse modo, a fertirrigação é uma das tecnologias mais utilizadas no cultivo em ambiente protegido, pois apresenta alta eficiência no uso de fertilizantes. No entanto, muito pouco se conhece sobre as necessidades nutricionais e as respostas ecofisiológicas do pimentão aos fertilizantes na fase de muda. Assim, o presente trabalho teve objetivo de avaliar o crescimento de mudas de pimentão em resposta a diferentes doses de fertilizante. O experimento foi instalado no Setor de Olericultura do Campus UFV-Florestal da Universidade Federal de Viçosa, no ano de 2015, em condições de ambiente protegido. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 4 tratamentos e 20 repetições. Os tratamentos resultaram das doses, 0, 2, 4 e 6 g.L-1, do fertilizante comercial Fertilis® (15-30-15 + micronutrientes) aplicadas semanalmente em mudas da cultivar de pimentão Cascadura Ikeda. As mudas foram produzidas em bandejas plásticas com 288 células, preenchidas com substrato comercial para produção de mudas de hortaliças. A irrigação das mudas foi por microaspersão com lâmina diária de 2 mm. As mudas foram fracionadas em raiz, caule e folhas, e colocadas em estufa com circulação forçada de ar, à temperatura de 65ºC, até atingir massa constante. As características avaliadas foram: matéria seca de raiz, caule, folhas e total, obtidos mediante pesagens diretas de cada órgão da muda. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. Houve efeito significativo das doses sobre as massas de matérias secas. A dose de fertilizante 2 g.L-1 promoveu expressivos aumentos na massa de matéria seca para as características avaliadas em comparação a ausência de fertirrigação. O aumento da dose 2 para 4 g.L-1 proporcionou aumentos apenas a massa de matéria seca de folha. A dose 6 g.L-1 promoveu ganhos em todas as massas de matérias secas avaliadas em relação as demais doses do fertilizante. De modo geral, a elevação das doses refletiu em aumento no fornecimento de nitrogênio, fósforo e potássio às mudas de pimentão. As doses do fertilizante não influenciaram a partição de assimilados (%) de folha, caule e raiz por muda de pimentão. As doses de fertilizante alteraram o crescimento das mudas de pimentão. A dose de 6 g.L-1 aplicada semanalmente por fertirrigação proporcionou maior crescimento das mudas de pimentão, sendo portanto, a mais adequada. |