Resumo |
Atualmente, na maioria das escolas, o Ensino Médio é dividido em algumas disciplinas. Com isso os conteúdos são segregados, e normalmente não possuem vínculo algum entre si, faltando conexões entre as disciplinas. Uma disciplina que é pouco abordada no Ensino Médio é a Astronomia tratada como um ramo da Física uma vez que a observação dos astros geraram muitas teorias sobre movimentos e gravitação, por exemplo. O estudo da composição química nos astros e corpos celestes resulta na Astroquímica. Essa ciência é dividida em três aspectos: a Astroquímica experimental, a observacional e a teórica. Normalmente, a Astronomia fica atribuída aos professores de Física e a Astroquímica raramente é trabalhada pelos professores de Química. Talvez os professores de Química no Ensino Médio não conseguem explorar os conteúdos de Astroquímica devido a alguns fatores como, por exemplo, por não conhecerem um bom material didático disponível para ser utilizado nas aulas, falta de conhecimento sobre o assunto, pouco tempo para preparo das aulas ou até mesmo impedimentos relacionados as normas vigentes da escola. Um fator importante no desenvolvimento de conteúdos relacionados com Astroquímica no Ensino Médio é ampliar ou favorecer os conhecimentos dos alunos em conteúdos de Química que muitas vezes não são trabalhados de forma interdisciplinar. Nesse contexto, foi proposta uma sequência didática utilizando Astroquímica como tema. Um dos objetivos dessa sequência é promover uma maior conexão entre conteúdos de Química, Física e Biologia durante as aulas. Essa sequência didática foi organizada para ser desenvolvida em sete aulas de 50 minutos cada, sendo que dessas sete aulas duas já foram preparadas e discutidas previamente com a equipe do subprojeto de Química do PIBID da UFV-Campus Florestal. A sequência foi planejada para alunos do Ensino Médio com o objetivo de explorar conteúdos como gravitação, fotossíntese e cadeia alimentar, fusão nuclear, óptica, unidades de medida, geometria, polaridade, tabela periódica, modelos atômicos, fusão nuclear e funções orgânicas. As duas aulas que já foram elaboradas, intituladas como Química Sideral, foram apresentadas na Escola Estadual Fernando Otávio, em Pará de Minas. Nessas aulas foi possível explorar a fusão nuclear que é um assunto dificilmente encontrado em livros didáticos, conteúdos de tabela periódica e modelos atômicos. No final das duas aulas foi possível perceber uma boa receptividade dos alunos com o tema e que os mesmos conseguiram desenvolver, além dos conteúdos planejados, raciocínios e argumentações sobre a variedade de substâncias e, elementos presentes no Universo. Agradecemos o apoio financeiro concedido pela CAPES. |