Resumo |
A utilização da água de maneira inadequada pode ocasionar estresse hídrico à cultura, culminando em reduções no crescimento e perdas de produtividade. Dessa forma, torna-se necessário a adoção de metodologias que permitam o manejo eficiente da irrigação. Para isso, objetivou-se conhecer as respostas fisiológicas da cultura do tomate (Solanum lycopersicum L.) ao estresse hídrico e comprovar a eficiência de um sensor de termometria infravermelho, desenvolvido no Campus UFV-Florestal, no monitoramento da temperatura foliar das plantas. Utilizaram-se sementes de tomate do cultivar Dominador, semeadas em vasos com capacidade para 5,0 L. A partir de trinta e quatro dias após a emergência das plântulas, aplicaram-se dois tratamentos. No tratamento (controle) forneceu-se água ao solo até que o mesmo atingisse a capacidade de campo enquanto, no segundo tratamento (estresse hídrico), suprimiu-se a irrigação das plantas até que as mesmas atingissem uma taxa assimilação liquida de CO2 igual a zero. Determinaram-se, após a aplicação dos tratamentos, o teor de umidade do solo, teor relativo de água, trocas gasosas (taxa de assimilação liquida de CO2, condutância estomática, taxa transpiratória e razão Ci/Ca), e variáveis de fluorescência da clorofila a (fluorescência inicial e eficiência quântica máxima do fotossistema II). Observou-se diminuição no teor de umidade do solo e teor relativo de água das plantas de forma pronunciada após nove dias de suspensão da irrigação. A taxa fotossintética e transpiração apresentaram redução significativa devido ao fechamento dos estômatos, antes do surgimento de danos bioquímicos severos ao aparato fotossintético. A fluorescência inicial apresentou aumento nas plantas estressadas, enquanto a eficiência quântica máxima do fotossistema II teve seus valores reduzidos. A supressão da irrigação resultou em aumento na temperatura foliar, detectada de forma eficiente com a utilização do sensor de termometria infravermelha, mesmo durante o estresse hídrico moderado. O melhor horário para se efetuar a coleta das leituras foi ao meio dia, onde observou-se maiores diferenças de temperatura entre plantas controle e plantas sob limitação hídrica. |