ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Administração, gestão e ordenamento territorial e ambiental |
Setor | Instituto de Ciências Humanas e Sociais |
Bolsa | PROBIC/FAPEMIG |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | FAPEMIG |
Primeiro autor | Talita Rafaela Oliveira Silva |
Orientador | ADRIANA VENTOLA MARRA |
Outros membros | Karen Marinho Valadares |
Título | Aposentadoria e Identidade: um estudo sobre mulheres gerentes |
Resumo | Esta pesquisa visa compreender questões acerca da aposentadoria e identidade em mulheres que ocupavam cargos gerenciais. A partir da percepção das ex-gerentes entrevistadas, objetivou-se compreender como ocorre a configuração identitária destas mulheres após a aposentadoria. Diante do novo contexto da aposentadoria, a identidade das gerentes pode passar por reestruturações. São feitas transformações, adaptações _ ou seja, reconfigurações _, pois as identidades anteriores ainda estão presentes e fornecem uma gama de repertórios de conhecimentos, habilidades e atitudes acumulados disponíveis para a reestruturação identitária (DUBAR, 2005; ASHFORTH, HARRISON e CORLEY, 2008; CASTELLS, 2001). Esta pesquisa caracteriza-se por ter um caráter exploratório-descritivo e qualitativo. O universo da pesquisa se estendeu na Microrregião de Pará de Minas – MG. A técnica de “bola de neve” e o critério de acessibilidade foram utilizados para a escolha das 14 ex-gerentes aposentadas. Buscando evidenciar o processo de construção de sentidos a partir dos dados coletados, a análise dos dados foi feita com base na análise de discurso Os enunciados referenciados provieram de um corpus formado pelas entrevistas e o diário de campo. Os percursos semânticos evidenciados no corpus foram: sua rotina antes e depois da aposentadoria, sua trajetória profissional, as construções sociais sobre a aposentadoria, a perspectiva sobre mudanças nas relações sociais, o trabalho e suas significações e a velhice. Considerando a continuidade da pesquisa até fevereiro/2016, os resultados ainda são parciais. Apesar disto já pode-se perceber traços de como foi o processo de aposentadoria como o fato de algumas mulheres, ao retornarem ao lar, não se reconheceram mais naquele ambiente que passaram tanto tempo sem ocupar, por causa disso surge o sentimento de desperdício. Ficou explícito em suas falas como essas mulheres eram centradas no trabalho, a dificuldade de adaptação à aposentadoria e a busca por continuarem sentindo-se úteis. Consegue-se perceber também, algumas mudanças visíveis na troca de papéis e consequentemente na identidade, onde essas mulheres apesar de estarem em um processo de mudança, assumindo novos papéis e com isso tendo que se identificar com outras coisas continuam tentando manter sua identidade gerencial. Elas buscam caminhos para continuarem fazendo o que faziam enquanto gerentes, vão ajudar em entidades filantrópicas, assumem postura de cuidarem de familiares enfermos, abrem novos negócios, realizam consultorias entre outros. Isso se dá pelo fato do trabalho ser considerado o pilar central da identidade destas mulheres, elas o veem como independência, necessidade, liberdade e como um meio de sentirem úteis e realizadas. |
Palavras-chave | Identidade, Gênero; Aposentadoria, Gerentes |
Forma de apresentação..... | Painel, Oral |