Conexão de Saberes e Mundialização

9 a 14 de novembro de 2015

Trabalho 5466

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia vegetal
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Bruna Costa de Souza
Orientador EDUARDO GUSMAO PEREIRA
Outros membros Advanio Inácio Siqueira Silva, Camilla Oliveira Rios
Título Distintas estratégias de resistência à toxidez por ferro em solução nutritiva entre duas gramíneas tropicais
Resumo O sucesso da revegetação em áreas mineradas depende das respostas morfofisiológicas das espécies ao ambiente impactado e da interação entre fatores bióticos e abióticos. Estudos realizados pelo nosso grupo de pesquisa empregando as gramíneas tropicais nativas Echinochloa sp. e Paspalum brunneum têm indicado grande capacidade de resistência frente à toxidez por ferro. Entretanto, estes mecanismos de resistência ainda são desconhecidos. O objetivo do trabalho foi fornecer informações sobre estes mecanismos e avaliar os efeitos diretos da toxidez por ferro nestas gramíneas. Para isto, as espécies foram cultivadas em solução nutritiva de Hoagland (pH 5,0; sem aeração), em condições de casa de vegetação. Antes da aplicação dos tratamentos, o ápice radicular da metade das plantas foi excisado com o intuito de promover maior absorção de ferro da solução. As plantas foram cultivadas por 480 horas em solução nutritiva contendo duas concentrações de ferro: 0,019 (controle) e 7 mM de Fe-EDTA. O delineamento experimental consistiu de blocos ao acaso, utilizando esquema fatorial 2x2x2, sendo duas espécies de gramíneas, duas concentrações de ferro, duas condições das raízes ao longo de cinco tempos de exposição como sub-parcela. O acúmulo de ferro na parte aérea das duas espécies de gramíneas atingiu níveis fitotóxicos após a excisão das raízes, com valores próximos de 1000 mg Kg -1 MS para P. brunneum. Esta espécie também apresentou elevados teores de ferro mesmo nas plantas intactas após 480 horas de exposição ao excesso de ferro em solução. Echinochloa sp. apresentou os menores teores de ferro na parte aérea, sendo que a raiz foi o principal tecido de acúmulo de ferro, sendo este valor cerca de 11 vezes maior em relação a P. brunneum. Somente com a excisão das raízes os efeitos do ferro foram evidentes para ambas as espécies. Houve redução nos valores de trocas gasosas (fotossíntese, transpiração e condutância estomática) para as plantas com raízes excisadas, após 12 e 240 horas de exposição ao excesso de ferro (7mM) em P. brunneum e Echinochloa sp., respectivamente. Somente em P. brunneum cujas raízes foram excisadas, foi observado aumento nos valores de fluorescência mínima (F0) e redução no rendimento quântico potencial (Fv/Fm) após 120 horas de exposição ao Fe-EDTA 7mM. Em ambas as espécies estudadas, os pigmentos fotossintéticos não foram afetados em função do tempo de exposição ao excesso de ferro em nenhuma condição das raízes. O acúmulo diferencial de ferro na parte aérea e raízes das espécies estudadas e as respostas fisiológicas encontradas permitiram apontar diferentes estratégias de resistência aos efeitos fitotóxicos do ferro em função dos mecanismos de exclusão e tolerância adotados em Echinochloa sp. e P. brunneum, respectivamente.
Palavras-chave Paspalum brunneum, Echinochloa sp., Revegetação de áreas mineradas.
Forma de apresentação..... Painel, Oral
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