Resumo |
A expansão do setor avícola nos últimos anos, além de gerar um incremento na produção de carne de frango e uma maior demanda por matérias primas para a fabricação de rações, gera, também, um grande aumento na produção de resíduos e partes não comestíveis das aves, como: penas, vísceras, sangue e cabeça. Os resíduos de abatedouro de aves, se corretamente utilizados, podem representar economia para o país além de evitar impactos ambientais. A farinha de penas hidrolisadas é um subproduto desses resíduos, resultante da cocção sob pressão de penas limpas e não decompostas obtidas no abate de aves. É um ingrediente rico em proteínas, porém de baixa digestibilidade. O uso da enzima protease pode ser uma alternativa para melhorar a digestibilidade e o aproveitamento desse subproduto, diminuindo os custos através da viabilização, de maneira mais eficiente, do uso de matérias primas alternativas. Assim o trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes níveis de farinha de penas com ou sem suplementação enzimática sobre o desempenho e qualidade de ovos de poedeiras das 36 às 48 semanas de idade. Utilizaram-se 336 aves distribuídas em delineamento inteiramente casualizado com 8 tratamentos (níveis de farinha de penas: 0, 2, 4 e 6%), com ou sem a suplementação de 0,05% da enzima protease, 7 repetições e 6 aves por unidade experimental. As dietas foram formuladas de acordo com Rostagno et al. 2011, reduzidas em 5% os níveis de aminoácidos essenciais e 100 kcal/kg o nível energético. Observou-se que na utilização de farinha de penas na dieta de poedeiras das 36 às 48 semanas de idade, provoca redução no consumo, na taxa de postura e peso dos ovos; observou-se ainda aumento na gravidade especifica, na espessura e peso da casca. A adição da enzima protease nas dietas com diferentes níveis de farinha de penas proporcionou uma melhoria no consumo na dieta com 2% de farinha de penas e um aumento na altura de albúmen e Unidades Haugh nas dietas sem adição de farinha de penas. |