Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22386

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS10
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Luiza Rodrigues Mansur da Silva
Orientador MARISA BARBOSA ARAUJO
Título Mapeando caminhos percorridos: processos de (re)produção sócio-territorial do bairro Romão dos Reis (Viçosa - MG)
Resumo A Zona da Mata Mineira é marcada por desigualdades socioespaciais vinculadas ao processo colonial, a expansão cafeeira e a consolidação da Universidade Federal de Viçosa como polo científico-educacional. O bairro viçosense Romão dos Reis enfrenta desafios relacionados à infraestrutura, pressão imobiliária decorrente da expansão urbana e degradação ambiental, evidenciadas pela depredação de corpos d’água e suas matas ciliares. Esse trabalho visa contribuir no reconhecimento de dinâmicas socioterritoriais locais, valorizando caminhos percorridos e conhecimentos de moradores-vizinhos-parentes ao problematizar a influência da colonialidade na produção de desigualdades socioambientais. Ao destacar a relação entre cidade, universidade e comunidades do entorno, a hipótese é que, das condições de colonialidade manifestas por relações hierarquizadas, derivam desigualdades socioespaciais que não apenas condicionam, mas podem determinar a (re)produção socioterritorial de comunidades inteiras, impactando desde suas dinâmicas, a organização de seus territórios e o acesso a recursos básicos. O objetivo geral é compreender e evidenciar a história comum de (re)produção socioterritorial do Romão na perspectiva de quem faz morada, interpretando marcas coloniais, visto que se trata de um lugar construído por e para famílias de trabalhadores da região na construção civil da universidade, atualmente abrigando estudantes. Os objetivos específicos são: análise crítica da representação do bairro Romão dos Reis na produção acadêmica; coleta e interpretação de relatos de moradores sobre ocupação e uso do território; e compreensão de indicadores socioambientais que marcam a transformação dessas realidades imperativas. Quanto ao desenho da pesquisa, a abordagem é auto etnográfica, integradora da experiência pessoal em campo e as vivências comunitárias, confluindo na análise étnica-cultural, subvertendo a perspectiva científica tradicional, reconhecendo a localização geo e corpo-política de quem pesquisa como parte constitutiva do conhecimento produzido. O método é a observação participante, modo de produção de dados qualitativos, permitindo participação ativa no cotidiano, envolvendo compromisso de aprendizado contínuo, engajado com práticas e narrativas locais. Instrumentos de coleta de dados: diário de campo, entrevistas abertas e semiestruturadas buscando atravessar dimensões sociais; criação de imagens e gravações a fim de ilustrar escritos e garantir legitimidade de narrativas coletadas. Espera-se que os resultados da pesquisa contribuam para o reconhecimento do bairro Romão dos Reis como território produtor de saberes e experiências singulares, revelando as marcas da colonialidade nas dinâmicas urbanas e socioambientais locais. Ao valorizar as vozes dos moradores e suas formas de habitar, o estudo pretende fomentar reflexões críticas sobre os vínculos entre universidade, cidade e periferias, promovendo aproximações éticas e epistemológicas entre ciência e comunidade.
Palavras-chave Colonialidade, Desigualdades socioterritoriais, Bairro Romão dos Reis
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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