| Resumo |
O setor florestal brasileiro está em crescimento, com expansões e novas unidades fabris em construção, o que acarretará maior demanda de madeira, tornando fundamental análises sobre a redução de custos de produção nas operações que envolvem a cadeia produtiva da madeira. Dentre essas operações, existe a colheita florestal, que é definida como o conjunto de operações que visa preparar e extrair madeira até o local de transporte, e representa grande parte do custo final da madeira entregue às unidades fabris. A colheita florestal pode ser realizada de maneira primarizada ou por prestadores de serviço, e a decisão de qual a melhor forma de se conduzir a operação se baseia muito na relação entre a demanda de madeira das fábricas e os custos operacionais dos processos. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar os principais custos a serem considerados na atividade de colheita florestal, baseado em buscas na literatura atual sobre o tema. Tendo o conhecimento da demanda de madeira a ser consumida, se torna necessário o dimensionamento adequado da frota de máquinas, o tamanho dessas máquinas (existem no mercado modelos diferentes por montadora para a mesma operação) e a equipe de apoio para a operação. A compra de maquinário e a manutenção são responsáveis por grande parte do valor gasto nas atividades de colheita florestal, devido aos custos de depreciação, seguro, implantação de sistemas de telemetria, somado aos gastos com peças, combustíveis, graxas, lubrificantes e manutenção em geral, visando encontrar valores adequados de disponibilidade mecânica, eficiência operacional, taxa de utilização e eficiência energética do processo. Além disso, fatores relacionados à mão de obra, tanto na operação, manutenção e apoio, são extremamente importantes, pois uma equipe de trabalho bem treinada e dimensionada da forma correta colabora para, além da execução adequada da atividade, a redução do custo final da madeira produzida. Os custos com recursos humanos envolvem encargos trabalhistas e sociais, equipamentos de proteção individual (EPIs), alimentação e transporte, além das estruturas de vivência e descanso em campo. Algumas variáveis operacionais podem afetar os valores finais desses itens, como a escala de trabalho, turnos e, consequentemente, a demanda por mão de obra. É importante ressaltar que, em algumas regiões do país, a formação e treinamento, contratação e retenção de mão de obra já são um desafio para o setor. Por isso, para o sucesso das operações de colheita, deve ser feita uma avaliação criteriosa e integrada de fatores econômicos, técnicos e humanos. |