Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22340

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Maria Luiza Castilho Baldi
Orientador RENATO LEAO SA DE OLIVEIRA
Outros membros Dhara Miranda Machado Póvoa, Felipe Lopes da Silva, Gabriel Carrilho Roçado da Fonseca, Gabriel Henrique Catenacci Barbosa, Isabela Sixel Estiguer, Victor Hugo Rabelo de Carvalho
Título Estabilização de Paciente Canino com Pneumotórax Hipertensivo - Relato de Caso
Resumo O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma paciente canina, 14 anos, da raça Boxer, admitida no setor de emergência do Hospital Veterinário da UFV com queixa de dispneia grave. A paciente apresentava estertores e abafamento dos campos pulmonares, além de hipoxemia acentuada [Saturação periférica de oxigênio (SpO₂): 89%]. Para estabilização inicial, foi administrada oxigenoterapia e sedação com butorfanol (0,4 mg/kg/IV). Ao exame TFAST, não foram observadas linhas B significativas, mas o deslizamento pleural não estava visível de forma evidente. O exame radiográfico de tórax revelou pneumotórax grave em ambos os hemitórax. O pneumotórax é caracterizado pelo acúmulo de ar na cavidade pleural, o que compromete a pressão negativa intrapleural, essencial para a expansão pulmonar. Essa alteração pode provocar colapso pulmonar e insuficiência respiratória. A condição pode ser classificada com base no estado do tórax (aberto ou fechado), na etiologia (traumático, espontâneo ou iatrogênico) e na progressão (simples ou hipertensivo). Após toracocentese bilateral, houve melhora do padrão respiratório e da saturação de oxigênio. No entanto, a paciente continuou produzindo pneumotórax, sendo necessárias drenagens seriadas até a realização da inserção de dreno torácico. O protocolo anestésico de indução incluiu midazolam (0,25 mg/kg/IV), fentanil (5 mcg/kg/IV) e propofol (2 mg/kg/IV). A paciente foi intubada e mantida sob oxigenoterapia e infusão contínua de propofol (0,1–0,2 mg/kg/min/IV). Para anestesia regional, realizou-se bloqueio intercostal em quatro pontos com lidocaína a 1% e ropivacaína a 0,37% (volume: 0,1 mL/kg/ponto). Durante o acesso ao espaço pleural para a inserção do dreno, a paciente apresentou hipoxemia grave, com SpO₂ atingindo 55%, prontamente revertida após a drenagem do pneumotórax. Na recuperação, a paciente manteve produção contínua de ar na cavidade pleural, exigindo a conexão do dreno a um sistema de sucção contínua. Esse quadro é característico do pneumotórax hipertensivo, no qual o acúmulo progressivo de ar exerce pressão crescente sobre as estruturas intratorácicas. Diante do quadro clínico, a principal suspeita diagnóstica é a presença de bolhas pulmonares que podem ter se rompido após um possível trauma, criando uma comunicação entre a superfície alveolar e o espaço pleural. A paciente permaneceu com o dreno torácico por seis dias, sendo dois deles sob sucção contínua. Após a retirada do dreno, ainda foram necessárias toracocenteses em episódios de agitação e dispneia. Houve melhora clínica progressiva, com reestabelecimento da pressão negativa pleural e alta médica 12 dias após a admissão, com resolução do quadro respiratório. Este relato evidencia a importância do manejo emergencial do pneumotórax hipertensivo, bem como da monitoração contínua até sua resolução, incluindo sedação para contenção, oxigenoterapia, toracocentese e inserção de dreno torácico.
Palavras-chave Pneumotórax, Anestesia, Cão
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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