Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22338

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS6
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Leticia Faria Panichi
Orientador ANDRE PEREIRA ROSA
Outros membros Evelyn Ruth dos Santos Rodrigues, Iolanda de Sena Gonçalves, Izabela Maria dos Santos Silva, Mariana Marinho Viana
Título Análise do desempenho operacional das estações de tratamento de esgoto no município de Viçosa, Minas Gerais.
Resumo Apesar do objetivo de acelerar a universalização dos serviços de saneamento instituída pela Lei 14.026, de 2020, conhecida como Novo Marco Legal do Saneamento, que estabeleceu a meta de alcançar 90% de coleta e tratamento de esgoto até 2033, o país ainda possui um baixo índice de atendimento total de esgoto. No estado de Minas Gerais, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, a coleta e o tratamento à população correspondem a apenas 74,1% e 44,1%, respectivamente. Na cidade de Viçosa (70.649 habitantes), estes índices correspondem a 70,4% e 0,71%. Diante deste contexto, este trabalho realizou um diagnóstico de 6 Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) descentralizadas no município de Viçosa, assim como a avaliação do atendimento aos padrões de lançamento (COPAM/CERH-MG n° 8). De forma complementar, o diagnóstico foi feito através da aplicação de um check-list, concebido para avaliar sete quesitos, a saber: i) operação da ETE; ii) atendimento a aspectos de projeto; iii) monitoramento e amostragem; iv) manutenção e segurança da ETE; v) documentação; vi) funcionários e capacitação; e vii) aspectos de sustentabilidade da ETE. Os dados do monitoramento das ETEs foram consideradas a partir de 11 campanhas amostrais realizadas nos anos de 2023 e 2024. Como resultados do diagnóstico realizado, das 6 ETEs descentralizadas, 3 operam por tanque séptico + filtro anaeróbio (TS+FAn), 1 ETE por reator UASB + biofiltro aerado submerso (BAS), 1 ETE por reator UASB + lodos ativados e 1 com duas unidades de TS em série. A vazão afluente às ETEs variou de 0,14 a 1,2 L/s, com população contribuinte variando de 88 a 916 habitantes. Em termos de padrão de lançamento, nenhuma ETE atendeu integralmente a eficiência de remoção de DBO e DQO. Para as 6 ETEs, a média do percentual dos dados em atendimento para DBO foi de 25% e para DQO foi de 31%. A média do percentual dos dados em atendimento para sólidos sedimentáveis e sólidos suspensos totais foi de 69% e 76%, respectivamente. O parâmetro com maior percentual dos dados em atendimento foi o de óleos minerais, com média de 79%. A ETE com maior desempenho apresentou os percentuais dos dados em atendimento de 45% para DBO e 64% para DQO. Em contrapartida, a ETE com pior desempenho registrou nenhum dado em conformidade com os limites para ambos os parâmetros. O não atendimento aos parâmetros de monitoramento pode estar relacionado a alguns fatores, dentre os quais: i) subdimensionamento de unidades, identificado em 3 ETEs; ii) problemas operacionais e de manutenção nas ETEs; iii) falta de meio suporte nos filtros; iv) ausência de monitoramento frequente, que poderia favorecer intervenções no sentido de promover a melhoria do desempenho operacional das ETEs; v) ausência de rotinas de descarte de lodo nas ETEs. Conclui-se sobre a necessidade da busca de estratégias para o aprimoramento operacional das ETEs, em especial pelo monitoramento e gerenciamento de seus subprodutos (biogás, lodo e escuma).
Palavras-chave Saneamento Ambiental, Estações de tratamento de esgoto, Sistemas descentralizados.
Forma de apresentação..... Painel
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