Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22336

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Laura Jimenez Mascarenhas
Orientador REGGIANI VILELA GONCALVES
Outros membros Franciele de Assis Barbosa, Manoela Maciel dos Santos Dias, Rosinéa Aparecida de Paula
Título POTENCIAL ANTIOXIDANTE E ANTI-INFLAMATÓRIO IN VITRO DA CASCA DO CAULE DE Croton urucurana BAILLON NO TRATAMENTO DE FERIDAS DA PELE
Resumo Desequilíbrios redox e inflamatórios estão envolvidos em diversas condições patológicas, incluindo lesões cutâneas. A produção exacerbada de espécies reativas de oxigênio (EROs) durante a resposta inflamatória pode comprometer a integridade celular, dificultando a regeneração tecidual. Nesse contexto, cresce o interesse por alternativas terapêuticas baseadas em compostos naturais com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Este estudo teve como objetivo avaliar, in vitro, o potencial antioxidante e anti-inflamatório do extrato da casca do caule de Croton urucurana Baillon, planta nativa do Brasil tradicionalmente utilizada na medicina popular. O extrato foi obtido por maceração em etanol a 95% e posteriormente concentrado em evaporador rotativo. As análises incluíram: capacidade antioxidante pelos métodos DPPH e FRAP; avaliação da viabilidade celular e da ação citoprotetora em macrófagos RAW 264.7 expostos a H₂O₂ (1 mM); e quantificação da atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa S-transferase (GST). Também foram avaliadas as atividades anti-inflamatórias por meio dos ensaios de inibição da desnaturação proteica, inibição da digestão por tripsina e hemólise induzida por calor. A análise estatística foi realizada no software GraphPad Prism 8.0.1. A normalidade dos dados foi avaliada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e, quando confirmada, as comparações entre grupos foram feitas por ANOVA seguida do teste de Tukey (p < 0,05). O extrato apresentou atividade antioxidante dose-dependente nos ensaios de FRAP e DPPH, com melhores respostas entre 50 e 100 µg/mL. A viabilidade celular indicou que concentrações acima de 75 µg/mL não conferem efeito protetor, sugerindo possível toxicidade. Assim, as doses mais promissoras foram 25, 50 e 75 µg/mL. Em relação às enzimas antioxidantes, o extrato demonstrou efeito protetor ao restaurar a atividade da CAT nos grupos submetidos ao estresse oxidativo, embora sem diferenças significativas entre as concentrações. A SOD apresentou maior atividade com 25 µg/mL, enquanto doses mais elevadas resultaram em resposta atenuada, sugerindo possível interferência no sistema antioxidante. Resultado semelhante foi observado para a GST, com melhor resposta também na menor dose. Nos testes anti-inflamatórios, o extrato inibiu significativamente a desnaturação proteica e a proteólise, especialmente nas concentrações de 25 e 50 µg/mL, enquanto o efeito na hemólise foi discreto e sem diferença estatística. Os dados indicam que o extrato de Croton urucurana apresenta propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias promissoras, com ênfase para as concentrações de 25 e 50 µg/mL, que demonstraram melhor equilíbrio entre eficácia e segurança. Esses achados apontam para o potencial uso do extrato no desenvolvimento de bioativos voltados ao tratamento de feridas cutâneas e processos inflamatórios da pele.
Palavras-chave Pele, Estresse oxidativo, Inflamação
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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