| Resumo |
Introdução: A força muscular é uma capacidade física da ação do músculo esquelético presente em várias ações do cotidiano e relaciona-se a atividades da vida diária como correr, sentar ou respirar, por exemplo. Existem diversos fatores que afetam a produção de força, dentre eles: tipos de fibra, ação muscular e ativação neuromuscular, que pode ser verificado através da ativação eletromiográfica (AE). Objetivo: Avaliar o efeito do TR tradicional versus TR com volantes inerciais em diferentes manifestações de força (isométrica: FI, dinâmica: 1RM, potência: FP) e co-ativação do músculo antagonista em homens adultos jovens durante a realização da flexão de cotovelo. Métodos: O presente estudo é um ensaio randomizado controlado aprovado pelo Comitê de Ética para Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), (CAAE 93793118.1.0000.5153). Foram 12 voluntários, de 18 a 28 anos, fisicamente ativos e sem limitações osteomioarticulares que impedissem a realização do exercício de flexão do cotovelo e não ser usuário de drogas hormonais ou anti-inflamatórios que afetassem o resultado das avaliações. A pesquisa foi desenvolvida no Human Lab do Departamento de Educação Física da UFV. Os participantes foram alocados aleatoriamente em dois grupos que realizaram dois distintos treinamentos, o grupo de TR com volantes inerciais (GTRVI)(n=6), utilizando multi-leg isoinercial, ou para o grupo submetido ao TR tradicional (GTRT)(n=6), que utilizou Cross Over. Os TR foram realizados 3 vezes por semana (sem) por 4 semanas. As sessões foram assim organizadas: 1ª e 2ª sem: 3 séries de 8 repetições (rep) e 3ª e 4ª sem: 4 séries de 8 rep. Antes e depois dos TR, foram realizados os testes de força verificando a AE do músculo Tríceps braquial, a cabeça lateral, foi utilizando um eletromiógrafo Miotool, modelo 400 da Miotec®, Domingos et al. (2016). Resultados: Não houve diferença significativa para FI tanto para o fator tempo (pré vs pós), quanto para o fator grupo (GTRVI vs GTRT). Para 1RM houve interação do fator tempo para ambos os grupos (F=332.10; p<0.001; η2 = 0.96) sem diferença entre eles. Encontrou-se um efeito significativo do tempo na FP média (F=6.02; p=0.03; η2 = 0.35) e na FP pico (F=5.99; p=0.03; η2 = 0.35) apenas para GTRVI. Observou-se diferença significativa para o fator grupo na potência, onde o GTRVI apresentou maiores resultados (F=6.25; p=0.02; η2 = 0.37). As AE do tríceps braquial demonstrou diferença significativa para tempo e grupo para FP. O GTRT apresentou redução após a intervenção para FP [(RMS_POT: F=6,25; p=0.29; η2=0.36) e (Fmed_POT: F=6.56; p=0.02; η2=0.37)]. Além disso, demonstrou valores superiores aos do GTRVI após a intervenção [(RMS_POT: F=23.98; p<0.001; η2=0.68) e (Fmed_POT: F=10.08; p=0.009; η2=0.47)]. Conclusões: Ambos os treinamentos foram capazes de melhorar os níveis de força. O GTRVI teve melhores resultados para FP e 1RM. Além disso, verificou-se que a redução da ativação do tríceps, principalmente para o TRT. |