Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22289

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS13
Setor Departamento de Solos
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, Outros
Primeiro autor Melissa Lopes Alves Soares
Orientador MARCIO ROCHA FRANCELINO
Outros membros Danilo César de Mello, Isabelle de Angeli Oliveira, Luís Flávio Pereira, Rafael Gomes Siqueira
Título Retração glacial e expansão de áreas livres de gelo em ilhas sentinelas na Antártica Marítima: uma abordagem via Machine Learning e Sensoriamento Remoto
Resumo As taxas de ablação estão maiores que os processos de acúmulo nos glaciares da Antártica Marítima. Em resposta, nas últimas décadas ocorreram a exposição de novas áreas livres de gelo e o crescimento de novos campos de líquens, musgos e gramíneas. Nesse sentido, o uso de técnicas de sensoriamento remoto aliados à aplicação de algoritmos de aprendizagem de máquina representam uma estratégia eficaz para mapear as alterações na superfície em ambientes de difícil acesso, como as regiões polares. O presente trabalho propõe a análise das mudanças na cobertura da superfície das ilhas Rei George e Nelson, Antártica Marítima, ao longo de três décadas (1989 – 2023). Foram selecionadas imagens multiespectrais das coleções Landsat-5 e Landsat-8 e imagens do tipo Synthetic Aperture Radar (SAR) da coleção Sentinel-1, todas obtidas durante o verão no hemisfério sul (dezembro a março). Os dados passaram por pré-processamentos, que incluíram correções atmosféricas e radiométricas para eliminar ruídos, além de segmentação para facilitar a coleta de amostras. Sete classes de cobertura foram definidas para classificação: i.áreas livre gelo; ii.geleira; iii.gelo morto; iv.neve; v.nuvens; vi.vegetação; e vii.água. Adicionalmente, foram calculados índices espectrais para auxiliar na classificação, sendo eles: i.Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI); ii.Índice de Vegetação Ajustada ao Solo (SAVI); iii.Índice de Diferença Normalizada de Neve (NDSI); iv.Índice de Água Diferencial Normalizado (NDWI); v.Índice de Diferença Normalizada de Umidade (NDMI). O algoritmo Random Forest foi empregado para classificar o modelo, com a divisão das amostras entre dados de treinamento (70%) e de teste (30%). A eficácia do modelo de classificação foi analisada através de métricas como precisão, recall, F1 score, acurácia e kappa. O modelo apresentou bom desempenho, com acurácia de 94% e índice kappa de 0,93. Em relação a cobertura da superfície observou-se uma diminuição de 34% na cobertura de gelo morto, além de um aumento de 60% nas áreas sem gelo e de 68% na vegetação. Os resultados indicam que a maior parte do material de gelo perdido corresponde às áreas de gelo morto, um tipo de cobertura estagnado, que não recebe fluxo de gelo, sendo mais susceptível a perda ao longo do tempo. As mudanças foram mais acentuadas em regiões influenciadas pelo Estreito de Bransfield e em baías como a Rei George e Maxvell, locais onde a presença de águas mais quentes contribui para a perda de massa de gelo. Ademais, apesar do bom desempenho geral do modelo, foram notadas dificuldades na diferenciação entre gelo morto, neve e nuvens. De maneira geral, o modelo de classificação criado e os respectivos produtos gerados foram satisfatórios. Nesse sentido, a abordagem utilizada pode ser ampliada para diferentes áreas, favorecendo o monitoramento da cobertura da superfície em regiões remotas.
Palavras-chave Mudanças climáticas, Aprendizado de máquina, Antártica.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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