Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22282

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Erli Pinto dos Santos
Orientador RICARDO SANTOS SILVA AMORIM
Outros membros DEMETRIUS DAVID DA SILVA, Lucas Batista da Costa Pencinato dos Santos, MICHEL CASTRO MOREIRA, Renata Ranielly Pedroza Cruz
Título Zonas de potencial natural de recarga hídrica da bacia hidrográfica do Rio das Mortes, no Cerrado mato-grossense: implicações na conservação de solo e da água
Resumo Nas últimas duas décadas, o Centro-Oeste brasileiro, especialmente o estado de Mato Grosso, passou por intensa expansão da agricultura irrigada, com destaque para o uso de pivôs centrais na produção de grãos e fibras. Essa intensificação aumentou significativamente a demanda por água nas bacias hidrográficas da região, tornando essencial o planejamento sustentável do uso do solo e da água. Neste contexto, objetivou-se com o presente estudo mapear a variabilidade espacial do Potencial Natural de Recarga Hídrica (PNRH) na Bacia Hidrográfica do Rio das Mortes (BHRM). A BHRM está situada integralmente em Mato Grosso e majoritariamente inserida no bioma Cerrado, com uma área de cerca de 61.228 km². O Rio das Mortes é um importante afluente da margem esquerda do rio Araguaia, insere-se na bacia dos rios Tocantins-Araguaia. Para a construção do mapa de PNRH, foram utilizados dados geomorfométricos (derivados do modelo digital de elevação NASADEM), climáticos (CHIRPS e MODIS), pedológicos (classe, textura, profundidade e porosidade dos solos) e hidrogeológicos (mapa do SGB). O balanço hídrico climatológico simplificado foi calculado com base na diferença entre a precipitação e a evapotranspiração, cujos valores foram extraídos dos produtos de sensoriamento remoto CHIRPS e MODIS, respectivamente. Todas as variáveis utilizadas foram normalizadas em uma escala de 0 a 255, e os pesos atribuídos a cada critério foram determinados por meio da técnica de análise hierárquica (AHP). Com esses pesos estabelecidos, foi possível elaborar o mapa do PNRH, o qual foi classificado em cinco categorias: muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto. Áreas com alto ou muito alto PNRH estão ligadas a terrenos planos ou ondulados; com curvatura horizontal convergente ou não convergente; e com predominância de Latossolos Vermelhos, Vermelhos-Amarelos e Neossolos Quartzarênicos, sobre unidades sedimentares. Já regiões com baixo ou muito baixo PNRH apresentam relevo mais acidentado; menor excedente hídrico; e predominância de afloramentos rochosos e de Neossolos Litólicos, Cambissolos, Planossolos, Argissolos, associados a domínios de rochas vulcânicas ou metassedimentares. Foram levantados na BHRM 17 poços em aquíferos livres monitorados pelo SGB, dos quais, 5 estão em áreas de PNRH muito alto, 2 em alto e 10 em zonas de PNRH muito baixo, sobretudo urbanas. O mapa de PNRH indicou que 0,45% da BHRM apresenta PNRH muito baixo, 8,41% baixo, 31,88% moderado, 41,17% alto e 12,09% muito alto. Nas áreas de muito alto PNRH, 50,1% do solo é destinado ao cultivo de grãos e fibras; nas de alto PNRH, o uso se divide entre pastagem (30,1%), formação savânica (25,7%) e soja (20,8%). Já nas regiões de PNRH muito baixo, predominam área urbana (49%) e formação savânica (36%).
Palavras-chave água subterrânea, análise hierarquiqua, álgebra de mapas
Forma de apresentação..... Vídeo
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