| Resumo |
O Curso de Extensão em Língua Francesa - CELIF, projeto de extensão do Departamento de Letras, tem por objetivo a formação prática de licenciandos em Letras-Francês e de secretários executivos trilíngues, bem como o oferecimento de cursos de língua francesa à comunidade interna e externa à Universidade. Partindo da premissa de que a formação profissional dos licenciandos se completa pelos saberes práticos ou “saberes de ação” (Barbier, 1996), isto é, pelo contato direto com a prática docente em sala de aula, o projeto possibilita aos estagiários atuarem como docentes regulares de um curso de língua francesa, assumindo a responsabilidade por tarefas que fazem parte do métier de professor, tais como a elaboração de planos de ensino, aulas, avaliações e oficinas pedagógicas, a correção de tarefas, a participação em reuniões pedagógicas e formações, a elaboração de atividades extracurriculares, entre outras. Assim, o presente trabalho se propõe a apresentar algumas das atividades realizadas por uma bolsista PIBEX no CELIF, de modo a explicitar de que forma a experiência no projeto vem contribuindo com sua formação docente. Segundo Tagliante (2006), o ensino de línguas, atualmente, volta-se à formação de indivíduos plurilíngues, capazes de se adaptar às diversas situações comunicativas em um país estrangeiro. Ao longo das aulas, foi possível perceber que, embora os materiais didáticos tradicionais sejam importantes para a condução da aula de uma língua estrangeira, estes não são capazes de suprir todas as necessidades de aprendizagem dos alunos. Nesse sentido, Tagliante (2006) ainda afirma ser raro um único material didático que suprirá todas as demandas de um professor, permitindo-lhe buscar documentos atualizados, a fim de elaborar uma aula ideal. Logo, busca-se aqui destacar como a elaboração de atividades a partir de materiais autênticos, funcionou como uma poderosa ferramenta para aproximar os estudantes dos usos cotidianos e “reais” da língua francesa, contribuindo para a dinamização e melhor aproveitamento das aulas, não apenas pelos alunos, como também pela professora-estagiária, enquanto produtora destes materiais. |