Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22266

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Departamento de Solos
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Otaviana Cristina da Silva Caetano
Orientador MARCIO ROCHA FRANCELINO
Outros membros Ana Carolina Paula do Amaral, Antonio Carlos Ribeiro Filho, Gabriel Tsuyoshi Nagata
Título Aplicação do Lidar na análise de declividade como suporte à identificação de Áreas de Preservação Permanente (APPs)
Resumo Entre as inovações mais relevantes no campo das geotecnologias está o LIDAR (Light Detection and Ranging), que trata de ferramenta do sensoriamento remoto ativo que utiliza pulsos de laser para medir com alta precisão a distância entre o sensor e a superfície terrestre, gerando uma nuvem de pontos. Já os modelos digitais de elevação (MDE) disponíveis gratuitamente, como o Alos Palsar e o ANADEM, apresentam limitações quanto à resolução espacial e precisão, o que tendem a suavizar as variações do relevo.
Esse trabalho teve como objetivo comparar a capacidade de MDEs gratuitos gerar dados de declividade com aqueles gerados pelo LIDAR, que serviu como referência e analisar seu uso como ferramenta para a identificação de Áreas de Preservação Permanente (APPs).
O trabalho foi realizado na Unidade de Ensino Pesquisa e Extensão (UEPE - Solos) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A área compreende um fundo de vale com as encostas dos morros ocupadas com plantação de café e pastagem. Realizou-se o processamento dos dados nos software Lidar 360 e QGis. Assim, foi gerado o MDT com resolução espacial de 0,5m a partir da nuvem de pontos obtida pelo LIDAR e, para comparação de qualidade e precisão dos dados, foram utilizados dois modelos digitais de elevação (MDEs) de domínio público: ALOS PALSAR, resolução espacial de 12,5 m, e ANADEM, resolução espacial de 30 m. Por fim, utilizou-se a ferramenta da extração de declividade em cada um dos MDEs, com resultado em graus.
O MDT gerado a partir de dados LIDAR apresentou alta resolução espacial, permitindo detalhamento preciso da microtopografia, identificando feições como terraços, sulcos de erosão e pequenas escarpas, que dificilmente seriam detectadas por modelos com menor resolução. A partir destes dados foi verificado que a UEPE apresentou 15% da sua área total com declividade superior a 45°. Foi o único entre os três analisados que conseguiu identificar e representar efetivamente áreas com esse grau de declividade, com valor máximo de 67,93°. O modelo do ANADEM demonstrou um padrão de generalização elevado, houve uma subestimação das áreas onduladas, pois as células com resolução de 30 m não foram suficientemente precisas para capturar as variações do terreno, identificando áreas de declive entre 0,3045° e 36,64°. Já o modelo do ALOS PALSAR apresentou um nível de suavização do relevo inferior ao ANADEM, porém também insuficiente para representar fielmente feições topográficas com forte variação de declividade, a sua resolução limitada identificou declividade de 0° a 32,31°.
Os MDEs gratuitos geraram dados que podem comprometer ações de planejamento e conservação. Dessa maneira, a escolha dos dados altimétricos pode influenciar nos resultados e na qualidade das análises ambientais desenvolvidas. A depender da base utilizada, uma mesma área pode ser classificada de forma errada e comprometer diagnósticos técnicos.
Palavras-chave LIDAR, declividade, geotecnologias.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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