Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22256

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Economia Rural
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gabriel Machado Freire de Oliveira
Orientador AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR
Outros membros Alexandre Lima Oliveira, Antônio Consentino Teixeira Oliveira, GUSTAVO BASTOS BRAGA, Milena Elissa Lourenço de Farias
Título Mensuração da conectividade digital nas áreas irrigadas por pivô central no Brasil: Uma análise geoespacial com base no indicador de conectividade rural da ConectarAgro
Resumo A irrigação é tecnologia imprescindível para atender o aumento da demanda por alimentos e, ao mesmo tempo, preservar os recursos naturais. Neste contexto, a conexão de tecnologias digitais é essencial para aumentar a eficência da irrigação e o monitoramento do uso de recursos hídricos. Apesar dos avanços, a conectividade digital no campo ainda é um desafio. Este estudo, fruto do convênio da equipe AgroPus UFV e a Rede ConectarAGRO, analisou a conectividade em áreas agrícolas irrigadas por pivô central no Brasil. O estudo utilizou dados geoespaciais públicos e oficiais para todo o território brasileiro. Dados de uso e cobertura do solo do MapBiomas (Coleção 9), com imagens de satélite de 30 metros de resolução, foram usados para identificar e vetorizar as áreas irrigadas por pivô central. Essas áreas foram processadas em softwares de Sistema de Informação Geográfica (SIG), como oQGIS. Em seguida, dados de cobertura de internet móvel 4G e 5G da Anatel foram integrados, essenciais para a análise de conectividade. Os limites municipais do IBGE foram utilizados para agregar os resultados. A análise de sobreposição espacial foi realizada pela operação de intersecção entre as camadas vetoriais das áreas irrigadas e da cobertura móvel, identificando as áreas com conectividade. O percentual da área irrigada conectada em relação à área total irrigada por município foi então calculado. Essa granularidade municipal permite a identificação precisa de áreas com alta e baixa conectividade. Os resultados revelaram que apenas 28,26% da área irrigada por pivô no Brasil possui cobertura móvel, e somente 13,55% dos pivôs têm 100% de cobertura. A internet é fundamental em áreas irrigadas para otimizar o uso da água, reduzir custos e aumentar a produtividade, permitindo monitoramento remoto, automação e gestão baseada em dados. Estados como Ceará e Paraíba mostram alta conectividade em áreas irrigadas, porém são menos representativos pois apresentam pequena área destinada a este uso. Por outro lado, Minas Gerais, Goiás e Bahia, com maiores áreas irrigadas, possuem menor conectividade. Municípios como Paracatu (MG) e Unaí (MG), que possuem a maior área irrigada do país, apresentam baixa conectividade, contrastando com Denise (MT) e Rubinéia (SP), que alcançam 100%, mas têm menor área irrigada. Analisando os Polos de irrigação, o Oeste Baiano (BA) e São Marcos (GO/MG) têm baixos índices (16,62% e 16,78%), enquanto Vertentes do Rio Pardo e Mogi Guaçu (SP/MG) e Jaguaribe (CE) mostram altos níveis (70,88% e 69,24%). A análise por Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHs) também revelou essa heterogeneidade, com o São Francisco tendo apenas 18,37% de conectividade. Os resultados reforçam a urgência de investimentos em infraestrutura digital e políticas públicas para ampliar a conectividade rural, visando maior eficiência no uso da água e competitividade do setor.
Palavras-chave Irrigação, Conectividade, Monitoramento
Forma de apresentação..... Vídeo
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