| Resumo |
O projeto de extensão Saúde e Vida - Ginástica para Meia e Terceira Idade, do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Viçosa, visa promover qualidade de vida, saúde, autonomia e bem-estar da população viçosense por meio de atividades físicas. Conhecer o perfil socioeconômico dos participantes é fundamental para entender as demandas do público atendido garantindo maior efetividade e inclusão durante as intervenções. Deste modo, o presente trabalho busca analisar o perfil socioeconômico dos participantes do Projeto Saúde e Vida. A pesquisa tem caráter descritivo, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado aplicado em junho de 2025, avaliando 39 alunos do projeto, sendo a maioria do sexo feminino (n=36). Os avaliados forneceram informações pessoais, econômicas, habitacionais e aspectos relacionados à autonomia, independência e percepção de qualidade de vida, por meio de um questionário. Posteriormente, os dados foram organizados em uma planilha e analisados de forma descritiva. Os resultados obtidos indicam que a média de idade dos avaliados gira em torno de 64,89 ± 9,51 anos. Quanto à escolaridade, 20% declarou ter ensino fundamental incompleto e 35% ensino médio completo, o que sinaliza um histórico educacional limitado. A média da renda familiar mensal de 28% dos participantes é entre um e dois salários mínimos, o que indica um cenário de vulnerabilidade econômica. Com que diz respeito à moradia, 87% residem em casa própria, com número razoável de cômodos e piso em cerâmica, a maioria diz se sentir confortável e segura em sua residência, e apenas 5% relataram dificuldades para sair de casa sozinhos. Em relação à ocupação, 69% das pessoas são aposentadas, embora algumas ainda exerçam atividades domésticas ou informais. Por fim, 47% dos avaliados relataram que não possuem automóveis, o que pode dificultar o deslocamento até o local das intervenções. Os dados obtidos nos permitem concluir que o público é predominantemente feminino, autônomo e comprometido com sua saúde e qualidade de vida. Além disso, os dados indicam um bom nível de independência nas atividades da vida diária, o que pode estar diretamente relacionado à participação no projeto. Os resultados obtidos reforçam a importância de políticas de permanência, como bolsas de participação, que garantam o acesso de pessoas com menor renda. |