Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22231

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS13
Setor Departamento de Economia Rural
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Alexandre Daniel Costa da Silva
Orientador AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR
Outros membros Antônio Consentino Teixeira Oliveira, MARCOS HEIL COSTA
Título Influência da duração da estação chuvosa sobre a Produtividade do Milho no Mato Grosso: comparação entre as regiões Médio Norte e Sudeste
Resumo Mato Grosso obteve na safra 2024/25 recordes históricos de produção. O milho alcançou 54,02 milhões de toneladas, uma alta de 14,5% sobre o ciclo anterior, com produtividade média de 126,25 sc/ha. Em relação a soja, o estado produziu 41,53 milhões de toneladas, com produtividade média de 60,20 sc/ha. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária – IMEA, divide o estado em 7 regiões. A região Médio Norte e Sudeste correspondem a quase 40% e 16% da produção de milho no estado. A produção de milho ocorre predominanteme no sistema de dupla safra, na qual o milho é plantado em sucessão à soja. A área de milho plantada em segunda-safra cresceu nas últimas duas décadas, correspondendo atualmente a 95-99 % da produção total cerrado. O objetivo do trabalho, desenvolvido no âmbito de um convênio entre o IMAFIR e a UFV, foi avaliar como a variação na duração da estação chuvosa impacta na produtividade nessas duas regiões. Foram ajustados modelos de regressões para cada região, estimando a perda de produtividade do milho de uma safra em relação à anterior (variação em Kg/ha) decorrente da variação de dias da estação chuvosa (variação de dias em relação à média histórica na região). Para isso, foram coletados os dados da Produção Agrícola Municipal do IBGE das safras de 2002/2003 a 2022/2023 e utilizados dados climáticos publicados pela equipe Biosfera da UFV. Os modelos gerados foram: i) Médio Norte: Y=15,6X+148,R^2=0,057. Nesta região, cada dia extra resultaria em variação de 15,6 kg/ha (ou aprox. 0,25 sc/ha). Perderia-se 15,6 Kg/ha para cada dia a menos em relação a média, ou 1 sc/ha a cada 4 dias e ii) Sudeste: Y=22,9X+185,R^2=0,206. Cada dia adicional de chuva agrega cerca de +23 kg/ha (~0,37 sc/ha). A diferença é explicado pelo fato do Médio Norte receber chuvas mais regulares, enquanto o Sudeste, alimentado pela umidade da Amazônia, sofre com atrasos de chuva vindos do noroeste, amplificando os efeitos negativos no plantio e enchimento de grãos. Já a região Sudeste, os resultados mostram como ela parece ser mais vulnerável a atrasos na instalação da estação chuvosa. Isso torna a produtividade mais dependente do calendário climático, amplificando o efeito de eventuais atrasos na chuva e justificando o maior coeficiente angular observado. Os resultados mostram que, em ambas as regiões, a duração da estação chuvosa apresenta relação positiva com a variação da produtividade. O impacto é mais acentuado na região Sudeste, o que reforça a importância de monitorar e planejar a semeadura em função do comportamento das chuvas, principalmente na região de Primavera do Leste, onde o atraso da estação chuvosa tende a resultar em quedas de produtividade mais expressivas. Este comportamento evidencia as particularidades climáticas regionais e destaca a necessidade de estratégias diferenciadas para cada microrregião agrícola do estado de Mato Grosso.
Palavras-chave Sistema dupla safra, Produção de milho, Estação chuvosa.
Forma de apresentação..... Painel
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