Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22226

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Thiago Moreira Silva
Orientador SILVIO NOLASCO DE OLIVEIRA NETO
Outros membros Bernardo Luis Lima Cotote, Ivino Nunes Domingos, Ludmila Araujo de Paula, Nathália Silveira Ramos
Título Enraizamento de estacas de Bambusa vulgaris provenientes de touceiras e minijardim clonal
Resumo A propagação vegetativa por estaquia tem se consolidado como alternativa eficiente para produção de mudas de Bambu, especialmente diante da limitada disponibilidade de sementes, decorrente dos longos intervalos entre os ciclos reprodutivos da espécie. Atualmente, a coleta de estacas diretamente de touceiras estabelecidas em campo é o método mais utilizado na propagação de espécies do gênero Bambusa. No entanto, apresenta limitações operacionais relevantes, touceiras disponíveis, tempo, esforço físico e baixa ergonomia para os operadores. Neste sentido, os minijardins clonais, amplamente empregados na produção de mudas de espécies florestais como o Eucalipto, surgem como alternativa promissora. Esse sistema proporciona maior controle sobre o manejo das plantas matrizes, melhora a padronização das estacas e aumenta a eficiência produtiva. A pesquisa teve como objetivo avaliar a viabilidade técnica do uso de minijardins clonais como alternativa ao sistema convencional de coleta de estacas em touceiras, visando à otimização da produção de mudas de Bambusa vulgaris. O estudo foi conduzido no Viveiro de Pesquisas Florestais da Universidade Federal de Viçosa. Foram realizadas três coletas em touceiras matrizes estabelecidas no viveiro, totalizando 959 estacas, e outras três em minijardim clonal, com 865 estacas, consistindo em seis coletas. Embora os materiais utilizados pertençam à mesma espécie, possuem procedências genéticas distintas. As estacas utilizadas foram selecionadas com base em um padrão, focando em brotações mais lignificadas (não flexíveis), com três gemas laterais viáveis, comprimento mínimo de 20 cm e sem folhas. O estaqueamento foi realizado em tubetes plásticos de 280 cm³, preenchidos com substrato comercial enriquecido com superfosfato simples e fertilizante de liberação controlada. As estacas foram mantidas por três meses em casa de vegetação, sob temperatura controlada média de 35 °C e umidade relativa de 80%, até o momento da avaliação do enraizamento. As taxas médias de enraizamento foram de 42,22% para estacas provenientes de touceiras e de 62,92% para aquelas oriundas do minijardim clonal, evidenciando melhor desempenho do sistema manejado. A diferença pode ser explicada pelo ambiente controlado e pelo manejo regular a que são submetidas as plantas no minijardim, o que resulta na produção de brotações mais uniformes, fisiologicamente mais ativas e com maior capacidade de enraizamento. Além disso, a padronização da idade fisiológica e das características morfológicas das estacas contribui para o sucesso do enraizamento. Assim, o uso de minijardins clonais se mostra uma estratégia viável e tecnicamente eficiente para ampliar a produção de mudas de Bambusa vulgaris, promovendo maior uniformidade e otimização dos recursos operacionais. Embora em fase inicial para Bambus, os minijardins clonais indicam potencial para ser incorporado aos viveiros, contribuindo com fortalecimento da cadeia produtiva do Bambu no Brasil.
Palavras-chave Bambu, Enraizamento, Minijardim Clonal
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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