Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22219

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS6
Setor Departamento de Solos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Isabelle Sofia Marques Costa
Orientador ISABELA CRISTINA FILARDI VASQUES
Outros membros Daniel Kroehling Rodrigues Cardoso, IGOR RODRIGUES DE ASSIS, JAIME WILSON VARGAS DE MELLO, Ludmila Froes Gonçalves
Título Adsorção Competitiva De As (V) E Hg (II) Em Goethita: Comparação Entre Resultados Experimentais E Modelagem No Visual MINTEQ
Resumo A presença de arsênio (As) e mercúrio (Hg) em corpos hídricos, como os da região de Paracatu (MG), devido à mineração de ouro e ao garimpo artesanal, representa um risco relevante à saúde humana. Óxidos de ferro como a goethita (α-FeOOH), abundantes nos sedimentos locais, destacam-se por sua alta capacidade de adsorção de metais pesados, incluindo Hg e As. Este estudo teve como objetivo comparar a adsorção competitiva de As(V) e Hg(II) em goethita, por meio de experimentação e simulação geoquímica no software Visual MINTEQ. O óxido foi identificado por difração de raios X, confirmando a presença majoritária da goethita. Foram realizados quatro tratamentos com soluções contendo As e Hg, nas seguintes proporções: 10 mg/L As + 10 mg/L Hg, 10 mg/L As + 30 mg/L Hg, 100 mg/L As + 100 mg/L Hg e 100 mg/L As + 300 mg/L Hg. Foram adicionados 30 mL de cada solução em recipientes que continham 0,03g de óxido. O pH foi ajustado para 7, e reajustado novamente após 4 horas de agitação, posteriormente foi mantida agitação constante por 20 horas. Os tubos foram centrifugados e os sobrenadantes submetidos à análises feitas por AAS para arsênio. As simulações no MINTEQ consideraram as mesmas concentrações e condições, com base nos parâmetros do banco de dados do software. Os dados experimentais revelaram que, no primeiro tratamento, a adsorção média de As foi de 68,12%, caindo para 32,83% no segundo, com uma redução de 35,29%. Nos tratamentos de maior concentração, a adsorção foi de 19,86% e 2,66%, respectivamente, representando nova redução de 17,20%. Tais quedas indicam que o Hg(II) pode reduzir a capacidade de adsorção do As (V), possivelmente por competição por sítios ativos na goethita, ou algum outro tipo de interação. As simulações no MINTEQ estimaram valores de adsorção de As em 24,65%, 24,08%, 8,21% e 2,94% para os quatro tratamentos, acompanhando a tendência geral de redução, mas sem captar claramente a queda expressiva entre o primeiro e o segundo tratamento, sugerindo limitação na representação da competição iônica. Apesar disso, para o quarto tratamento, os valores experimentais e simulados foram semelhantes. Em conclusão, o Visual MINTEQ demonstrou boa capacidade para prever tendências gerais de adsorção, embora ajustes nos parâmetros e maior aproximação entre as condições experimentais e simuladas sejam necessários para representar com maior precisão os mecanismos competitivos entre As(V) e Hg(II) observados em sistemas reais.
Palavras-chave Drenagem ácida, Contaminação, Óxidos de ferro
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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