Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável
20 a 25 de outubro de 2025
Trabalho 22216
| ISSN | 2237-9045 |
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| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Agrárias |
| Área temática | Dimensões Ambientais: ODS15 |
| Setor | Departamento de Solos |
| Bolsa | PROBIC/FAPEMIG |
| Conclusão de bolsa | Sim |
| Apoio financeiro | FAPEMIG |
| Primeiro autor | Antonio Carlos Ribeiro Filho |
| Orientador | CARLOS ERNESTO GONCALVES REYNAUD SCHAEFER |
| Outros membros | Fernandes Antonio Costa Pereira, Fernando Félix Vieira |
| Título | Grau de Decomposição e Fracionamento Físico da Matéria Orgânica de Solos das Ilhas Falkland. |
| Resumo | A matéria orgânica do solo (MOS) é um componente essencial da fertilidade do solo, influenciando as propriedades físico-químicas e biológicas do sistema edáfico. Além disso, o solo constitui um dos principais reservatórios de carbono orgânico do planeta, e compreender a natureza e as propriedades desse reservatório é de fundamental importância para o desenvolvimento de estratégias eficazes de sequestro de carbono atmosférico e mitigação das mudanças climáticas. A MOS constitui um compartimento heterogêneo e altamente complexo, formado por frações orgânicas com distintos graus de decomposição, recalcitrância e funcionalidade no sistema edáfico. Nesse contexto, torna-se fundamental o fracionamento da MOS em compartimentos funcionalmente contrastantes, visando uma compreensão mais precisa de seus papéis nos processos biogeoquímicos e na dinâmica do carbono no solo. O presente trabalho teve como objetivo a determinação do grau de decomposição da MOS e o fracionamento físico granulométrico em matéria orgânica particulada (MOP) e matéria orgânica associada aos minerais (MOAM). Para tal, o grau de decomposição (GD) de amostras de 16 perfis de solos das Ilhas Falkland, com diferentes conteúdos de MOS, foi determinado com base na escala de decomposição de von Post. Posteriormente, essas amostras foram submetidas ao fracionamento físico granulométrico, separando-se frações maiores que 0,053 mm (areia + MOP) e menores que 0,053 mm (argila, silte e MOAM). Para determinação da MOP e da MOAM, essas frações foram submetidas à combustão em mufla a 600°C por 6 horas. Os horizontes superficiais apresentaram maior quantidade de MOP, que decresce com o aumento da profundidade, ao passo que a MOAM aumenta. A MOP é composta por fragmentos leves, com baixo GD, como serrapilheira e raízes mortas. Já a MOAM é constituída por compostos, geralmente de baixo peso molecular, adsorvidos a minerais da fração silte e, principalmente, da fração argila. Portanto, a formação da MOAM é limitada pela disponibilidade desses minerais, estando sujeita à saturação no solo. Observou-se uma forte correlação positiva entre o GD e a MOAM. Para formar a MOAM, os resíduos vegetais precisam passar pela despolimerização exoenzimática ou pela decomposição microbiana, resultando em necromassa e exsudatos que se associam diretamente à fase mineral. Dessa forma, o GD da MOS tende a ser maior quando esta é mais rica em MOAM. No entanto, alguns perfis de Organossolo com alto GD (>7) e elevado conteúdo de MOS (>90 dag kg⁻¹) apresentaram, proporcionalmente, maior conteúdo de MOP do que de MOAM. Os resultados indicam a vulnerabilidade desses solos frente às mudanças climáticas, uma vez que a persistência da MOP é controlada principalmente pela inibição microbiana e enzimática, e alterações ambientais, como o aumento da temperatura, podem acelerar imediatamente sua taxa de decomposição. |
| Palavras-chave | Solos orgânicos, Escala de von Post, Matéria orgânica particulada |
| Forma de apresentação..... | Painel |
| Link para apresentação | Painel |
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