| Resumo |
Introdução: em unidades de terapia intensiva, a higiene de pacientes críticos é, em grande parte, mantida por meio do banho no leito. Essa intervenção de enfermagem é essencial para esses pacientes, pois promove maior conforto, previne infecções, além de contribuir para a garantia da integridade cutânea mucosa. O banho no leito também oferece maior segurança aos pacientes com comprometimento físico decorrente da internação, que poderiam se expor a riscos com outros métodos, como o banho por aspersão. O conhecimento do perfil dos pacientes pela equipe é essencial para a boa realização desse procedimento nas unidades, a fim de identificar as singularidades de cada um e garantir um banho com menor risco possível. Assim, compreender o perfil de pacientes que se beneficiam dessa intervenção de enfermagem contribui para o planejamento da assistência e tomada de decisões mais seguras no ambiente da terapia intensiva. Objetivos: descrever o perfil dos pacientes críticos submetidos à intervenção de enfermagem de banho no leito. Metodologia: estudo descritivo realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto entre os meses de dezembro de 2023 a junho de 2025. Foram coletadas as informações de caracterização dos pacientes submetidos à intervenção de banho no leito. Os pesquisadores acompanharam a realização do banho no leito, pela equipe da unidade, e cronometraram o tempo de sua execução. Realizou-se a estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da instituição proponente (parecer nº 6.419.830) e recebeu apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Processo 404684/2023-8) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (APQ-01568-22). Além de bolsas da Funarbe e Capes. Resultados: Foram acompanhadas 751 intervenções de banho no leito. A média de idade dos pacientes foi de 68,9 anos (±13,3 anos), com predomínio de paciente do sexo masculino (57,4%), portadores de comorbidades (79,8%), que não estavam em uso de sedativos (69,4%) e nem de medicações vasoativas (68,8%). A pontuação média do score de gravidade SAPS III foi de 74 pontos. Para esses pacientes, o tempo médio de execução do banho no leito foi de 15 minutos e 19 segundos (±4 minutos e 21 segundos), considerado como um tempo que não eleva o risco de instabilidade oxi-hemodinâmica (<20 minutos). Conclusões: os pacientes críticos que receberam o banho no leito foram em sua maioria pacientes estáveis, tendo em vista as características descritas, especialmente a ausência de uso de drogas vasoativas. Vale ressaltar que pacientes com diferentes níveis de gravidade podem se beneficiar do banho no leito para a manutenção de sua higiene corporal. |