Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22205

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Luiz Fellipe Rangel de Melo Cotias
Orientador DENISE MARA SOARES BAZZOLLI
Outros membros Matheus Machado Guidini, PATRICIA PEREIRA FONTES, Rúzivia Pimentel Oliveira
Título Caracterização de vesículas extracelulares de Klebsiella pneumoniae UFV HS-144 em resposta ao estresse
Resumo A suinocultura é uma importante atividade econômica em diversos países, especialmente no Brasil, onde a carne suína se destaca como uma das fontes de proteína animal mais consumida e comercializada. A elevada produção animal está atrelada ao uso cada vez crescente de antimicrobianos e, esta relação tem destacado uma preocupação que é a disseminação de genes de resistência. Nesse contexto, o marcador de resistência mcr-1, que confere resistência à colistina, um antimicrobiano de último recurso para tratar infecções graves causadas por bactérias Gram-negativas multidroga-resistentes (MDR), tem sido largamente identificado em patógenos bacterianos isolados em animais de produção, como suínos. Nesse contexto, Klebsiella pneumoniae (Kpn) destaca-se como um dos patógenos prioritários na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS), representando um desafio crítico para a saúde pública. Em animais de produção tem se destacado como um patógeno respiratório emergente, no entanto é um membro comensal na microbiota de suínos. Klebsiella pneumoniae expressa diversos fatores de virulência e são capazes de produzir vesículas extracelulares (VEs), estruturas capazes de transportar genes de resistência e virulência, favorecendo sua disseminação por meio da transferência horizontal de genes (THG). Este estudo objetivou caracterizar as VEs de Kpn na presença e ausência de colistina. Para isso, foi utilizado o isolado UFV HS-144 proveniente de suínos saudáveis e portador do gene mcr-1. Inicialmente, foi realizada a curva de crescimento bacteriano para definição do ponto de coleta das VEs. Com base nos parâmetros obtidos, o isolado bacteriano foi cultivado até o final da fase exponencial, na ausência e presença de colistina (8 µg·mL⁻¹), e, em seguida, as VEs foram isoladas por ultracentrifugação. A caracterização das VEs foi feita por TEM e DLS e a concentração proteica foi feita pelo método BCA. Adicionalmente, a presença do marcador molecular para o gene mcr-1 foi verificada por PCR convencional. As VEs de Kpn cultivada sem colistina apresentaram potencial zeta médio de −13,20 ± 2,54 mV e diâmetro hidrodinâmico superior a 1000 nm, indicando a presença de agregados, enquanto aquelas obtidas na presença de colistina exibiram potencial zeta médio reduzido (−1,60 ± 1,95 mV) e tamanho médio de 253,3 ± 10,8 nm, sugerindo diferenças na carga superficial e na distribuição populacional das VEs entre as condições. A concentração proteica total das VEs foi de 0,82 mg·mL⁻¹ sem colistina e de 7,7 mg·mL⁻¹ na presença do antimicrobiano, indicando maior conteúdo proteico após o estresse. A partir das condições investigadas não foi detectada a presença do gene mcr-1 nas VEs. Os resultados indicam alterações na morfologia, composição e características físico-química das VEs decorrentes da exposição à colistina.
Financiamento: CNPq, FAPEMIG, CAPES.
Palavras-chave Suinocultura, Klebsiella pneumoniae, Vesículas extracelulares
Forma de apresentação..... Vídeo
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