| Resumo |
O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo. Neste ano de 2025, até final de junho, o Brasil exportou aproximadamente 65 milhões de toneladas de grãos de soja. Por meio do processamento dos grãos de soja derivam farelo proteico e óleo. A maioria das cultivares de soja apresenta um teor médio entre 36% e 40% de proteína e em média 20% de óleo em sua composição com base na matéria seca. Neste sentido, a caracterização de linhagens oriundas dos programas de melhoramento para teor de proteína e de óleo é importante. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os teores de óleo e proteína de linhagens de soja do programa de melhoramento da UFV avaliadas na região do Triângulo Mineiro. Na safra 24/25, dois ensaios finais de avaliação de linhagens foram conduzidos no município de Capinópolis, Minas Gerais. Nos ensaios denominados VCU 65 e VCU 75 foram avaliadas 35 e 30 linhagens, respectivamente, além de cinco cultivares comerciais em cada um deles. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com três repetições, e a parcela composta de quatro linhas de 4,5m, espaçadas em 0,5m. Após a seleção de linhagens elites por meio de índices de seleção MGIDI e FAI-BLUP, visando obtenção de ganho genético para caracteres agronômicos de importância, 18 e 17 linhagens dos ensaios VCU 65 e VCU 75, respectivamente, foram selecionadas para a avaliação do teor de proteína e de óleo. Para tanto, grãos de soja moídos foram utilizados para a quantificação de óleo e proteína por meio da metodologia de espectrometria de infravermelho próximo (NIR). Os teores obtidos de óleo e proteína para o VCU 65 variaram de 19% a 26% e de 30% a 38% respectivamente, e para os selecionados do VCU 75, os teores de óleo e proteína variam de 17% a 24% e de 30% a 38% respectivamente. Sendo assim, verificou-se que as linhagens elite do programa de melhoramento da soja da UFV apresentam características desejadas para serem lançadas como cultivares para a região do Triângulo Mineiro. |