Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22187

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Marcela Claudino Calçado
Orientador HERCIA STAMPINI DUARTE MARTINO
Outros membros Alessandra Villano Almeida, BARBARA PEREIRA DA SILVA, RENATA CELI LOPES TOLEDO, Valeria Aparecida Vieira Queiroz
Título **Avaliação da qualidade proteica de misturas de farinhas pré-cozidas de feijão-caupi e milheto Pérola, in vivo**
Resumo A insegurança alimentar representa um desafio significativo no Brasil,
especialmente em regiões de clima seco e árido. Nesses contextos, o milheto pérola e o
feijão-caupi BRS Tumucumaque destacam-se por sua resistência a solos pouco férteis e
à escassez hídrica, sendo alternativas de baixo custo, viáveis para populações em
situação de vulnerabilidade alimentar. Ambos são importantes fonte de proteína com
perfis de aminoácidos complementares, limitantes em lisina e metionina, que quando
combinados, buscam fornecer quantitativamente todos os aminoácidos essenciais. O
objetivo foi analisar a qualidade proteica de uma mistura de farinhas pré-cozidas de
milheto pérola e feijão-caupi BRS Tumucumaque, em ratos Wistar. Foi realizado um
ensaio biológico com 29 animais, com duração de 28 dias, na qual os animais foram
divididos em 4 grupos experimentais: controle caseína: CC (n=8); mistura de farinhas
pré-cozidas de milheto e feijão-caupi MF (n=8) e Farinha pré-cozida de feijão-caupi: FT
(n=8). A dieta fornecida foi AIN-93G, com a mesma quantidade de proteína (9,5%),
carboidratos e lipídeos, entre os grupos experimentais. Foram aferidos o consumo
alimentar, coeficiente de eficiência alimentar, ganho de peso e índice de Lee dos
animais. Além disso, foi determinado o índice de eficiência proteica (PER), razão
proteica líquida (NPR), digestibilidade verdadeira (DV) e o escore químico corrigido
pela digestibilidade (PDCAAS). Os dados foram submetidos aos testes de normalidade
de Shapiro-Wilk e Kolmogorov-Smirnov. Foi aplicada análise de variância one-way
ANOVA, seguida pelo teste de Newman-Keuls (α=5%). O estudo foi aprovado pelo
CEUA/UFV (nº 30/2023). O consumo alimentar e o índice de Lee não diferiram entre
os grupos experimentais. MF apresentou ganho de peso (69,51 ± 14,60g) similar a FT
(69,73 ± 7,94g), contudo, ambos foram inferiores ao CC (90,58 ± 6,59g). Além disso,
MF não diferiu do FT quanto ao valor de PER (3,32 ± 0,7 e 3,74 ± 0,41,
respectivamente) e ambos foram menores que CC (4,42 ± 0,33). Quanto ao NPR, MF
também não se diferiu de FT (3,80 ± 0,80 e 4,28 ± 0,44, respectivamente), enquanto que
FT também não se diferiu do CC (4,90 ± 0,34). Apesar disso, as proteínas de MF e FT
foram eficientes em promover manutenção e crescimento. MF apresentou DV: 87,83 ±
1,47, similar à FT (86,94 ± 2,89), evidenciando boa absorção e aproveitamento proteico.
Além disso, MF obteve PDCAAS de 64,51%, em função da limitação em lisina. Os
resultados evidenciaram que a mistura de farinhas pré-cozidas de milheto e feijão-caupi
possuem boa qualidade proteica, oferecendo uma estratégia promissora de
diversificação e aproveitamento de alimento, especialmente em áreas vulneráveis como

o semiárido mineiro. Novas proporções de misturas devem ser testadas para se reduzir o
déficit em lisina e melhorar ainda mais a qualidade da proteína.
Palavras-chave Proteína vegetal, Leguminosa, Cereal
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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