Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22185

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro MEC
Primeiro autor Carla de Oliveira Loures
Orientador TATIANA SCHMITZ DUARTE
Outros membros Ana Ester Martins Oliveira, FABIANA AZEVEDO VOORWALD, Felipe Lopes da Silva, Gabriel Henrique Catenacci Barbosa, Gustavo de Sousa Gomes Moreira, Joseani Leal Basilio, Marilia Damiani Paiva, Rodrigo Brandão Oliveira
Título Osteossarcoma costal em cão geriátrico de pequeno porte: relato de caso
Resumo Osteossarcoma (OSA) é a neoplasia óssea primária mais comum em cães, representando até 80% dos tumores malignos esqueléticos. Embora afete principalmente os ossos longos, a forma axial, especialmente em costelas, apresenta comportamento agressivo e alto potencial metastático. Apesar de mais frequente em cães jovens de médio a grande porte, é rara em animais idosos e de pequeno porte. Assim, objetiva-se relatar um caso OSA costal em um paciente fora do perfil epidemiológico clássico dessa afecção. Trata-se do caso de uma cadela Maltês, de 13 anos, 3,6 kg, atendida no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa (UFV) com histórico de nódulo firme e aderido à oitava costela esquerda, notado há cerca de dois meses. O exame físico revelou mucosas normocoradas, ausculta cardiopulmonar sem alterações dignas de nota e demais parâmetros fisiológicos normais. Exames de imagem (radiografia torácica e ultrassonografia abdominal) não evidenciaram metástases. A citologia por punção aspirativa sugeriu sarcoma. Diante da suspeita de neoplasia maligna, foram realizados exames pré-operatórios, incluindo tomografia computadorizada, hemograma, bioquímica sérica, eletro e ecocardiograma. Optou-se pela ressecção cirúrgica em bloco da costela afetada. Assim, realizou-se a ostectomia dos corpos das 7ª, 8ª e 9ª costelas para a remoção completa da lesão. Para cobertura do defeito torácico, realizou-se uma incisão no diafragma e no peritônio adjacente, permitindo a tração de parte do omento maior. Esse tecido foi então suturado de forma a recobrir e proteger o pulmão, criando uma barreira entre a cavidade torácica e o material protético. Em seguida, uma tela de polipropileno foi posicionada sobre o defeito da parede torácica e fixada à musculatura intercostal e às costelas 6ª e 10ª, com o objetivo de promover o fechamento e a estabilização da região. O tecido ressecado foi encaminhado para exame histopatológico, que revelou osteossarcoma osteoblástico com áreas bem diferenciadas. No pós-operatório imediato, a paciente desenvolveu hemotórax, complicação prevista para o tipo de procedimento realizado, o que exigiu a manutenção de dreno torácico e internação em unidade de terapia intensiva por sete dias. A intercorrência foi prontamente manejada, com boa resposta ao tratamento, permitindo a recuperação clínica e alta hospitalar. A quimioterapia adjuvante é geralmente recomendada em casos de osteossarcoma costal. No entanto, no presente caso, a instituição da quimioterapia não foi indicada devido à idade avançada da paciente, ao padrão histológico bem diferenciado do tumor e, principalmente, à obtenção de margens cirúrgicas livres de neoplasia, fatores que em conjunto indicaram menor risco de recidiva e disseminação. Conclui-se que cada paciente deve ser avaliado de forma individualizada, considerando-se os diagnósticos diferenciais independentemente dos aspectos epidemiológicos das neoplasias, bem como a indicação das terapias adjuvantes.
Palavras-chave Osteossarcoma, costelas, cães
Forma de apresentação..... Painel
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