Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22166

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS6
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Izabela Maria dos Santos Silva
Orientador ANDRE PEREIRA ROSA
Outros membros Evelyn Ruth dos Santos Rodrigues, Iolanda de Sena Gonçalves, Leticia Faria Panichi, Mariana Marinho Viana
Título Potencial de reúso agrícola dos efluentes das ETEs de Manhuaçu-MG
Resumo A crescente demanda por água, impulsionada pela expansão agrícola, urbanização e mudanças climáticas, tem levado à busca por fontes alternativas. O reuso de efluentes tratados de estações de tratamento de esgoto (ETE) é uma alternativa estratégica para irrigação agrícola, relacionando a conservação de recursos à segurança sanitária. Diretrizes como a IRdA 2025 (Instrução para Reuso Direto Agrícola 2025), a Resolução CNRH nº 54/2005 e a USEPA (United States Environmental Protection Agency, 2012) estabelecem modalidades, diretrizes e critérios gerais para a prática de reuso da água de ETEs, incluindo limites de DBO, pH, SST (Sólidos Suspensos Totais), CRT (Cloro Residual Total) e CTer (Coliformes Termotolerantes). Este estudo teve por objetivo avaliar a aptidão dos efluentes de três ETEs do município de Manhuaçu‑MG para irrigar culturas não alimentícias (pastagens, forrageiras, cereais, fibras e grãos). Com base nos dados de monitoramento do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) para as ETEs durante campanhas amostrais no ano de 2024 avaliou-se a aptidão dos efluentes para reuso agrícola das mesmas. A ETE Alphaville foi projetada para atender uma população de 1.200 pessoas, com vazão de 1,8 L/s, sendo o sistema de tratamento composto por gradeamento, desarenador e caixa de gordura para a remoção inicial. Em seguida, o efluente recebe tratamento biológico por meio de reator UASB e biofiltro aerado submerso, finalizando no reator eletrolítico Oxiflow. Já a ETE Morada do Campo atende aproximadamente 1.320 pessoas, com vazão de 2 L/s. O sistema de tratamento é composto por gradeamento, desarenador, estação elevatória e sistema de lodos ativados em batelada. Os resultados indicaram que o esgoto tratado da ETE Alphaville apresentou valores médios de DBO = 22,4 mg L⁻¹, pH 6,63 e SST 34 mg L⁻¹; enquanto que para a ETE Morada do Campo, os valores foram de DBO = 31,7 mg L⁻¹ e pH 6,03. Ambas atendem aos limites para culturas alimentícias da USEPA (DBO ≤ 30 mg L⁻¹ e pH 6–9), mas excedem o limite de SST ≤ 30 mg L⁻¹ para culturas não alimentícias. Por outro lado, a ETE Clube do Sol apresentou SST adequada (12 mg L⁻¹), porém DBO elevada (110,6 mg L⁻¹) e pH 6,73. Para esse tipo de irrigação é requerido o tratamento secundário seguido de desinfecção; assim como o monitoramento da qualidade do efluente em termos de CRT e CTer. Algumas alternativas são previstas para a melhor adequação, tais como: (i) filtração de polimento para reduzir SST, (ii) desinfecção por cloração ou radiação ultravioleta, (iii) medidores de vazão para dimensionamento do sistema de irrigação e (iv) monitoramento microbiológico contínuo com vistas ao aprimoramento operacional das ETEs, em especial na remoção de DBO. O reuso do efluente promoveria a redução de pressão sobre mananciais e o consumo de fertilizantes, contribuindo para a segurança hídrica regional, e incentivando a prática de sustentabilidade na comunidade, aliada ao reuso de água e investimento na agricultura.
Palavras-chave Reúso de efluentes, irrigação agrícola, qualidade da água
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,70 segundos.