Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22136

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS13
Setor Departamento de Economia Rural
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Pedro Magalhaes Freitas
Orientador AZIZ GALVAO DA SILVA JUNIOR
Outros membros Antônio Consentino Teixeira Oliveira, MARCOS HEIL COSTA, Pedro Magalhaes Freitas
Título Impacto econômico-financeiro das mudanças climáticas sobre o sistema de dupla safra no Mato Grosso: um estudo de caso da safra 2015/2016 na região Sudeste do estado
Resumo O Brasil é responsável por 40 e 11 % da produção mundial de soja e de milho, respectivamente. No estado do Mato Grosso, maior produtor nacional de ambas as culturas, a produção em dupla safra, com milho em sucessão à soja, contribui para a segurança alimentar mundial e é chave para a competitividade do agronegócio brasileiro. Entretanto, devido às irregularidades no regime hídrico, causado pelas mudanças climáticas, o sistema apresenta baixa resiliência no regime de sequeiro e pode estar comprometido no estado futuramente. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi estimar as perdas financeiras decorrentes da redução da produtividade do milho segunda safra durante a temporada 2015/2016 na região Sudeste. Os dados climáticos foram obtidos de publicações da equipe Biosfera da UFV. Os dados de produção dos 29 municípios da região foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, da base PAM (Produção Agrícola Municipal). Os dados obtidos estão em revisão, mas foram ajustados modelos de regressão linear para estimar as perda de produtividade (kg/ha) do milho segunda safra em função da anomalia pluviométrica. O modelo ajustado identificou perda de produtividade de 20,2 Kg/ha para cada dia de redução da estação chuvosa no estado. Na região, foram cultivados 647 mil ha de milho na segunda safra de 2015/2016, cujo regime hídrico foi o mais curto na série histórica de 20 anos. A estação chuvosa teve início em 14 de outubro e durou apenas 178 dias, 24 dias a menos que a média histórica, o que acarretou uma perda média estimada de 484,8 kg/ha de milho, totalizando um prejuízo de $103,75 por hectare e de $67,17 milhões para a região, considerando o preço médio da saca de milho na época como de 12,84 dólares (Cepea, 2025). Como o custo de produção foi de $612 e a perda estimada cerca de $103, ambos por hectare, isso corresponde a 17 % do custo de produção, que foi, simplesmente, perdido em decorrência do encurtamento da estação chuvosa. As análises econômicas iniciais sugerem que os distúrbios climáticos podem ter um grande impacto na produção agrícola na região, em especial na produção de milho segunda safra. Os modelos estão em revisão, mas pode-se concluir com base nos resultados preliminares que para mitigar estes riscos, o uso sustentável do solo, melhores modelos de previsões de chuva, desenvolvimento de novos cultivares com melhoramento genético, reflorestamento de certas áreas e, principalmente, incentivo à agricultura irrigada são algumas soluções.
Palavras-chave Sistema de dupla safra, agricultura no cerrado, impacto financeiro do clima
Forma de apresentação..... Painel
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