Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22135

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS15
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Sandro Sérgio Tavares Cicarini
Orientador CARLOS ERNESTO GONCALVES REYNAUD SCHAEFER
Outros membros Darles Alves Silva, Herval Vieira Pinto Junior, Jéssica Araújo Heringer Ribeiro, Sinara Salgado Carlos
Título Influência do solo na distinção de geoambientes em Campos Rupestres Ferruginosos da Amazônia Oriental
Resumo A vegetação dos Campos Rupestres Ferruginosos (CRF) está diretamente ligada às condições do solo e suas variações internas. Isso resulta na formação de diversos micro-habitats que junto com outros fatores edáficos selecionam espécies com adaptações favoráveis e eleva o endemismo nessas áreas. Esses ecossistemas possuem uma alta diversidade ambiental e relevante importância ecológica, porém pouco se sabe sobre os fatores responsáveis pela formação dos geoambientes na Serra de Campos, um remanescente de CRF em bom estado de conservação. Dessa forma, o presente trabalho buscou avaliar a influência das propriedades químicas e físicas do solo nos diferentes geoambientes da Serra de Campos. O estudo ocorreu em um platô de Campo Rupestre Ferruginoso no município de São Félix de Xingú, Pará. Os Geoambientes selecionados foram Capão (CAP), Campo Rupestre Ferruginoso Aberto (CRA) e Campo Rupestre Ferruginoso Graminoso (CRG). Foram estabelecidas 60 parcelas, sendo 20 parcelas para cada geoambiente. As parcelas de CRG, com 2 m x 2 m; de CRA, com 5 m x 5 m; e de CAP com 10 m x 10 m. Em cada uma, foram coletadas amostras de solo superficiais e estimada a profundidade relativa do solo. As amostras foram secas ao ar, maceradas e peneiradas para obtenção da terra fina seca ao ar (TFSA). Posteriormente passaram por análises químicas e físicas, os resultados foram filtrados por análise de correlação inferior à 0,7 e submetidos à Análise de Componentes Principais (PCA). A variância total explicada pelos dois primeiros eixos da PCA foi de 46,9%. O Eixo 1 é responsável por 25,2% da variância e influenciado principalmente por profundidade do solo, alumínio trocável (Al³⁺) e saturação por alumínio (m). O Eixo 2 explicou 21,7% da variância, influenciado por sódio (Na⁺), cálcio (Ca²⁺) e matéria orgânica (MO). As parcelas de CAP sugerem associação com solos mais profundos, com menores teores de Al³⁺ e maior acúmulo de MO e Ca²⁺. As parcelas de CRA ocuparam posição intermediária na PCA, com solos de profundidade moderada, níveis elevados de Al³⁺, mas boa disponibilidade de cátions. Já o CRG apresentou solos extremamente rasos, ácidos, com alta saturação por Al³⁺, alto teor de areia grossa, baixos teores de fósforo remanescente, Ca²⁺ e MO. Solos mais profundos favorecem o desenvolvimento de uma vegetação florestal mais densa, com árvores de grande porte e maior diversidade florística. Enquanto solos moderados presentes em CRA são dominados por vegetação arbustiva e subarbustiva, com estrutura mais aberta. E solos extremamente rasos apresentaram vegetação predominantemente herbácea, com domínio de gramíneas adaptadas a ambientes oligotróficos e baixa retenção de nutrientes. Esses resultados mostram a relação entre a estrutura do solo e a vegetação, distinguindo os geoambientes com base em variáveis edáficas, o que ressalta o papel central do solo na estruturação da vegetação dos Complexos Rupestres da Amazônia.
Palavras-chave profundidade, relação solo-vegetação, micro-habitats.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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