Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22131

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Núbia Pagotto Matos
Orientador HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF
Outros membros ANA CLAUDIA PELISSARI KRAVCHYCHYN, Polimar Ferreira Fonseca
Título Relação entre consumo de alimentos ultraprocessados e biomarcadores de saúde intestinal em adultos com excesso de peso: Estudo Castanhas Brasileiras
Resumo Introdução: O consumo de alimentos ultraprocessados (UPP), definidos como formulações industriais nutricionalmente desequilibradas, tem sido associado à obesidade e a alterações na saúde intestinal. Objetivo: Avaliar a relação entre o consumo de UPP e a saúde intestinal em adultos com sobrepeso e obesidade. Metodologia: Estudo transversal baseado nos dados basais da fase 3 do Estudo Castanhas Brasileiras, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFV (N˚ 4.543.541/CEPH) e registrado no ReBEC (RBR-8xzkyp2). Participaram 70 adultos com sobrepeso ou obesidade (32,9 ± 4,3 kg/m²), sendo 57% do sexo feminino (n=40). O consumo alimentar foi obtido por recordatório 24 horas e classificado de acordo com a NOVA. Os participantes foram alocados em tercis de acordo com a proporção de calorias oriundas de UPP em relação à taxa metabólica basal (TMB): tercil 1 (T1) ≤ 7,65%; tercil 2 (T2) entre 7,65 e 47,48%; e tercil 3 (T3) ≥ 47,49%. A TMB foi obtida por meio da bioimpedância elétrica (InBody 230). A permeabilidade intestinal foi avaliada pela concentração de zonulina e proteína ligadora de lipopolissacarídeos (LPB) por meio de kits ELISA. A razão lactulose/manitol (L/M) foi realizada através da administração oral dos açúcares, com posterior análise urinária por HPLC. Analisou-se o pH fecal e os ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) ácido acético, propiônico e butírico, por meio da amostra de fezes. A normalidade das variáveis foi avaliada por meio da análise de assimetria, curtose, gráficos e teste de Kolmogorov-Smirnov e as comparações entre os tercis por meio de ANOVA one-way. Para as variáveis que não apresentaram homocedasticidade, aplicou-se a correção de Welch. Foi utilizado o post-hoc de Bonferroni para identificar os grupos que diferiram, adotando-se um nível de significância de 5% (p < 0,05). Resultados: O T3 apresentou maior consumo calórico total quando comparado aos demais (1196,5 ± 442,2 vs. 1362,2 ± 423,3 vs. 1764,3 ± 606,4). O T2 evidenciou maior zonulina em comparação ao T1 (7,1 ± 5,9 vs. 15,1 ± 10,9), maior ph fecal em relação ao T3 (7,4 ± 0,6 vs. 6,8 ± 0,7) e menor ácido acético quando comparado aos demais (0,0016 ± 0,0008 vs. 0,0010 ± 0,0005 vs. 0,00151 ± 0,00043). O ácido propiônico foi maior no T1 em comparação com os demais (0,0009 ± 0,0004 vs. 0,0006 ± 0,0003 vs. 0,0008 ± 0,0003). Verificou-se menor ácido butírico no T2 em relação ao T3 (0,0005 ± 0,0002 vs. 0,0006 ± 0,0003). Não houve diferença estatística nos marcadores LPB e razão L/M. Conclusão: Os valores de zonulina e ácido acético e propiônico dos participantes com baixo consumo de UPP, em relação aos participantes com consumo moderado, sugere possível relação inversa entre consumo de UPP e saúde intestinal. Os resultados divergentes dos participantes com elevada ingestão de UPP podem estar relacionados a outros fatores dietéticos ou não controlados. Estudos adicionais são necessários para elucidar a interação entre UPP e saúde intestinal.
Palavras-chave Saúde intestinal, alimentos ultraprocessados, obesidade
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,65 segundos.