Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22128

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Maria Rita Guedes
Orientador LILIAN FERNANDES ARIAL AYRES
Outros membros Ana Paula Andrade Godinho, Gabrielle Maria Silva Gomes, PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR, VANESSA RODRIGUES GONCALVES CAETANO
Título Fatores associados à infecção puerperal e análise da assistência no pós-parto: um estudo com puérperas de uma maternidade mineira
Resumo Introdução: A infecção puerperal é uma das principais causas diretas de mortalidade materna, representando 4,4% dos óbitos no Brasil em 2019. Trata-se de uma infecção do trato reprodutivo que pode surgir do início do trabalho de parto até o 42º dia após o parto. Seus sintomas incluem febre, dor abdominal, secreção purulenta e útero doloroso, podendo evoluir para sepse puerperal, uma condição grave e potencialmente fatal. Outras infecções como mastite e ITU também são relevantes no contexto puerperal. A ocorrência está relacionada à qualidade da assistência prestada, especialmente nas maternidades. Objetivo: Analisar a incidência de infecção puerperal, fatores associados, aspectos assistenciais e implicações para a qualidade do cuidado em mulheres assistidas em uma maternidade da Zona da Mata Mineira. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo e transversal, com 239 puérperas. A coleta de dados ocorreu em dois momentos: na maternidade, por meio de entrevista e análise de prontuários e após 10 a 15 dias após parto, por entrevista telefônica. Utilizou-se o Termômetro da Iniciativa Hospital Amigo da Mulher e da Criança (T-IHAMC) como instrumento. A análise dos dados foi realizada no software SPSS, versão 20.0, com aplicação dos testes de Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher. Resultados: A maior parte das gestações foi de feto único, a termo, cesariana, todas realizaram pré-natal e majoritariamente financiados pelo SUS. A maioria (91,6%) não apresentou infecção após a alta hospitalar. Entre os casos identificados (8,4%), as infecções mais prevalentes foram na incisão cirúrgica (2,9%) e na episiorrafia (2,5%). Dentre as que desenvolveram infecção, 57,9% receberam visita domiciliar ou compareceram à consulta puerperal (p = 0,037). Apenas uma delas foi totalmente avaliada durante esse atendimento (p = 0,027). Conclusão: A incidência de infecções puerperais identificada, embora relativamente baixa, evidencia a importância de um monitoramento no puerpério. Aponta-se para a necessidade de estratégias voltadas à redução das taxas de cesariana, ao incentivo ao parto vaginal humanizado, à capacitação das equipes para identificar precocemente fatores de risco e à ampliação de ações educativas para gestantes, assegurando o acesso à informação e aos cuidados essenciais durante o puerpério.
Palavras-chave Infecção puerperal, Parto, Assistência ao puerpério.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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