Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22099

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Camila Gabriela Mendes Santos
Orientador PATRICIA DE OLIVEIRA SALGADO
Outros membros JULIO CESAR SOARES DOS REIS, MARIA LUCIA BENTO VILLELA, Maria Victória Fernandes Vaz
Título Inteligência Artificial na saúde: uso, validação e desafios na prática clínica
Resumo Introdução: A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado na prática clínica ao oferecer soluções para diagnóstico, prognóstico, triagem, monitoramento e apoio à decisão clínica. No entanto, sua implementação ainda enfrenta desafios como validação clínica, aceitação profissional, integração aos fluxos assistenciais e conformidade ética. Objetivo: Revisar a literatura científica sobre a aplicação de ferramentas de IA na prática clínica, com ênfase nos processos de validação, implementação e aceitação profissional. Metodologia: Revisão narrativa da literatura dos dos últimos cinco anos (2020–2025). Busca realizada nas bases PubMed, Scopus, Web of Science e SciELO, com os descritores combinados “artificial intelligence”, “clinical decision support systems”, “healthcare”, “implementation”, “validation”, “explainable AI” e “human-machine interaction”. Resultados: Foram analisados 11 artigos (5 revisões narrativas, 4 revisões sistemáticas e 2 revisões integrativas). Observou-se ampla aplicação da IA, especialmente nas áreas de radiologia, oncologia, cardiologia, atenção primária e saúde mental, com destaque para sistemas de apoio à decisão clínica (CDSS), algoritmos preditivos, processamento de linguagem natural e triagem automatizada por chatbots. A validação ocorre em quatro eixos: desempenho técnico, impacto clínico, usabilidade e adequação ética. Quando bem integradas, essas ferramentas podem aumentar a acurácia diagnóstica, agilizar atendimentos e padronizar condutas, mas sua adoção depende da combinação de desempenho e aceitabilidade pelos profissionais de saúde. Modelos mais complexos, como redes neurais profundas, ainda enfrentam limitações de explicabilidade, o que afeta a confiança clínica. Para contornar, recomendam-se abordagens de Inteligência Artificial Explicável (XAI), como LIME, SHAP, heatmaps e gráficos interativos, que facilitam a compreensão por parte dos usuários. Estratégias de co-design, como entrevistas, testes de usabilidade e oficinas colaborativas, também têm sido empregadas para adaptar os sistemas à prática clínica. Quanto à validação técnica, as métricas mais utilizadas foram acurácia, sensibilidade, especificidade, F1-score e AUC-ROC. Para avaliar a usabilidade e a aceitação dos usuários, destacam-se os instrumentos System Usability Scale (n=4), Technology Acceptance Model (n=3) e Unified Theory of Acceptance and Use of Technology (n=2), sendo frequentemente combinados com entrevistas semiestruturadas e grupos focais para investigar percepções, barreiras e facilitadores da adoção clínica dessas tecnologias. Conclusão: A IA já ocupa um espaço relevante na prática clínica, com potencial de melhorar a assistência. Contudo, sua aplicação efetiva requer validação rigorosa, transparência, integração técnica e aceitação profissional. Modelos explicáveis, capacitação das equipes e governança ética são fundamentais para que a IA atue como ferramenta complementar, baseada em evidências e voltada à qualificação do cuidado.
Palavras-chave Inteligência Artificial, Prática Profissional, Atenção à Saúde
Forma de apresentação..... Vídeo
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