Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22084

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS10
Setor Departamento de Direito
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Bárbara Silva Ferreira
Orientador ROBERTO DE ALMEIDA LUQUINI
Outros membros Amanda Balbino Dias, Vittória Barros de Oliveira
Título Deslocamentos forçados e a proteção dos migrantes ambientais à luz da supremacia do capital.
Resumo INTRODUÇÃO:A temática dos deslocamentos forçados decorrentes de fatores que envolvem a questão ambiental e as mudanças climáticas têm ganhado notoriedade na comunidade internacional, diante das consequências envoltas entre as mudanças climáticas, o meio ambiente e os deslocamentos humanos. Os efeitos dessas mudanças climáticas se expressam por meio das secas, inundações, terremotos, ciclones, enchentes, erosões, desabamentos, mudanças repentinas de clima e entre outros fatores, principalmente nos países em desenvolvimento. Nesse contexto, é fundamental evidenciar as causas e consequências da degradação ambiental a partir de uma perspectiva macroestrutural da sociedade, que possibilite uma compreensão ampla, considerando os aspectos econômicos e políticos. Também se faz necessária a análise desses efeitos no contexto da supremacia do capital, em que os impactos sobre os migrantes ambientais se tornam ainda mais severos, além da investigação sobre a existência de um sistema jurídico internacional capaz de garantir a proteção das vítimas de desastres ambientais provocados pelas mudanças climáticas.OBJETIVO: O presente estudo buscou compreender os deslocamentos forçados por razões ambientais e a proteção jurídica dos migrantes ambientais à luz da supremacia do capital. MÉTODO: Trata-se de uma análise crítica fundamentada em uma revisão bibliográfica, sob contribuições de autores que abordam os deslocamentos forçados, mudanças climáticas, a supremacia do capital e a proteção dos migrantes ambientais. RESULTADOS: Foi possível identificar a ausência de reconhecimento legal e proteção jurídica específica para a categoria de pessoas deslocadas por causas ambientais implicando na privação de uma gama de direitos. Notou-se que o contexto dos deslocamentos ambientais está intrinsecamente ligado à supremacia do capital, onde a lógica da acumulação e maximização de lucros inerente ao sistema capitalista se relaciona com as mudanças climáticas e a produção de fluxos migratórios. Pessoas forçadas a se deslocar por desastres naturais, entre outras causas, frequentemente lidam com o estigma da rejeição e da pobreza, assim, atingidos pelos impactos das mudanças climáticas e desigualdades socioeconômicas enfrentam o desafio adicional de serem percebidos e tratados como "estranhos" indesejáveis. Ademais, diante do crescente número de deslocados ambientais, a definição de "refugiado" constante na Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951 demonstra ser insuficiente para abranger essa realidade. Embora iniciativas como o Plano Estratégico do ACNUR para Ação Climática e o Pacto Global para a Migração tenham surgido para adaptar ferramentas existentes em vez de criar um novo status legal, e a litigância climática surja como ferramenta para buscar justiça e responsabilização, a migração ambiental é um fenômeno complexo e multifacetado que exige uma resposta global coordenada, dada sua indeterminação conceitual e escala crescente.
Palavras-chave deslocamentos forçados, migração ambiental, supremacia do capital.
Forma de apresentação..... Vídeo
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