| Resumo |
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido como um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social e comunicação, podendo ser verbal ou não verbal, como gestos, expressões faciais, entre outros, além de comportamentos repetitivos e restritos. No Brasil, é observado um aumento na prevalência de alunos diagnosticados com TEA matriculados em escolas de ensino regular, o que torna necessário a promoção de ambientes inclusivos que atendam às demandas e individualidades desses alunos. Nesse sentido, o objetivo do estudo é analisar as estratégias metodológicas aplicadas nas aulas de Educação Física (EF) para a inclusão de alunos com TEA nos anos iniciais, por meio de uma revisão integrativa. Foram analisados artigos indexados em periódicos classificados entre A1 e B2 (Qualis Capes 2017-2020) na área da Educação Física, utilizando os descritores “Educação Física Escolar”, “Transtorno do Espectro Autista” e “TEA” para a busca dos artigos nos periódicos. Foram definidos como critérios de inclusão: ser artigo original, de acesso livre, publicado entre 2015 e 2025, em português, realizado com população brasileira, com crianças de 6 a 10 anos, matriculadas em escolas regulares. Após a análise dos títulos, dos resumos e a leitura dos textos na íntegra três artigos foram incluídos no estudo. Identificou-se que as estratégias utilizadas pelos professores priorizam a individualidade dos alunos, adaptação de materiais e aulas, além da mediação por pares. Também foram identificados: o uso de bola suíça, aulas com músicas, cartazes com rotina, materiais visuais, atividades exploratórias e cooperativas, a fim de incentivar o desenvolvimento social, motor e cognitivo. Conclui-se que, apesar da aplicabilidade dessas estratégias no contexto escolar, os estudos sobre metodologias com crianças com TEA na área de EF são escassos e, quando existentes, levantam questionamentos sobre suas validações, demonstrando falta de aprofundamento necessário que ofereça soluções práticas que, de fato, criem um ambiente escolar que caminhe para inclusão. Para que se avance na criação desse ambiente, torna-se necessário mais estudos que investiguem estratégias aplicáveis e eficazes para a prática pedagógica. |