Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22068

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Solos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ana Paula Miranda Oliveira
Orientador IVO RIBEIRO DA SILVA
Outros membros Juliana Marcela de Paiva, Maria Carolina da Silva Vieira, Matheus Andrade Ferreira, RAFAEL DA SILVA TEIXEIRA
Título Condutividade hidráulica não saturada de Tecno-solo construído com subproduto da concentração de bauxita e condicionado com adubação orgânica e plantas de cobertura
Resumo O beneficiamento da bauxita resulta em um subproduto desaguado com propriedades físicas, químicas e biológicas limitantes para a recuperação direta de áreas degradadas. Como alternativa, a tecnologia TECNO-SOLO (BR 102021007039-0 A2) propõe o uso do subproduto (torta de argila 1, resíduo rico em silte e argila dispersos) associado a insumos orgânicos e minerais, com o objetivo de melhorar as características edáficas e viabilizar a reabilitação funcional de áreas mineradas. O objetivo deste estudo foi analisar a condutividade hidráulica não saturada do Tecno-solo construído com subproduto da concentração da bauxita, previamente condicionado com adubação orgânica e plantas de cobertura. O experimento foi conduzido em delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 3 × 2, com quatro repetições. Os fatores avaliados foram: 1) adubação orgânica (sem – SA; com – CA: mix de 30% de torta de filtro, 20% de carvão vegetal e 50% de cama de aviário); e 2) plantas de cobertura (sem planta – SP; braquiária – B; feijão guandu – G). As unidades experimentais foram compostas por vasos de 2 L preenchidos com o Tecno-solo. As plantas de cobertura foram cultivadas por 275 dias e, ao final desse período, tiveram sua parte aérea dessecada e mantida sobre o solo dos vasos. Quinze dias após, os vasos foram irrigados até a capacidade de campo e, 24 horas depois, foi realizado o primeiro teste de condutividade hidráulica do Tecno-solo condicionado, utilizando-se um infiltrômetro de carga constante (Mini Disk – Model 5) (Teste 1). Em seguida, foram sobrepostos vasos contendo 2,3 kg de topsoil sobre os vasos previamente condicionados, e realizou-se a medição da condutividade hidráulica do topsoil nas mesmas condições, encerrando o Teste 1. Após 30 dias de cultivo de milho, foi realizado o segundo teste (Teste 2) de condutividade tanto do Tecno-solo quanto do topsoil, utilizando as mesmas condições do teste anterior. O infiltrômetro foi ajustado com sucção de 0,5 cm, devido à textura muito argilosa do solo, e preenchido com água deionizada. As leituras de infiltração foram realizadas a cada 30 segundos durante 5 minutos. Os dados, lançados em planilha fornecida pela METER (2021), permitiram o cálculo da inclinação da curva de infiltração acumulada em função da raiz quadrada do tempo, conforme o método proposto por Zhang (1997). Os resultados indicaram que a condutividade hidráulica da torta de argila 1 e do topsoil não foi alterada pelos tratamentos de pré-condicionamento, possivelmente devido ao curto período experimental e à natureza altamente dispersa do subproduto argilo-siltoso. O subproduto da concentração da bauxita apresentou condutividade hidráulica significativamente inferior à do topsoil. Conclui-se que a torta de argila 1 requer melhorias estruturais mais significativas para seu uso em larga escala como componente de Tecno-solos, pois sua descontinuidade hidráulica pode reduzir a infiltração de água e aumentar os riscos associados à sua aplicação em campo.
Palavras-chave Áreas mineradas, torta de argila, topsoil.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,67 segundos.